[ciência aberta]Bem vinda ao grupo de trabalho em Ciência Aberta

Terça Novembro 25 23:01:48 UTC 2014

Klécia, achei fantásticas as suas palavras.

Acredito que precisamos de uma ciência que ajude a sociedade.
Penso que a ciência precisa ser mais popular para que isso ocorra. Na sua
proposta - quando diz que pessoas comuns podem contribuir com estes estudos
- vejo uma oportunidade de aumentar a motivação de aprendizagem para as
pessoas da nossa sociedade sobre assuntos científicos.

Vejo que esta ideia fomenta trabalhos científicos que envolvem diferentes
assuntos e isso pode beneficiar fortemente a sociedade. Como a criação de
Banco de Dados e aplicações para coletar estas informações (computação) e a
participação social nessas pesquisas (educação, c.humanas).

Abraço e boa sorte!

Em 25 de novembro de 2014 20:24, Klécia Massi <kleciagili em hotmail.com>
escreveu:

>
> oi ale e todo mundo,
>
> prazer!
>
> meu nome é Klécia e em maio deste ano terminei meu doutorado em Ecologia
> pela UnB. Um dos meus grandes interesses em ecologia são os estudos
> fenológicos, ou seja, os estudos dos eventos das plantas (perda de folhas,
> floração, frutificação). Esses estudos, apesar de importantíssimos,
> esbarram em uma dificuldade que é a dimensão temporal do trabalho. Por
> exemplo, como eu posso afirmar que o período de floração de uma dada
> espécie é de abril-maio se eu a observei apenas por um ano? Não há
> variações interanuais? Por esse motivo, são necessários vários anos de
> acompanhamento para ter resultados robustos. Entretanto, como conciliar
> essa necessidade com a exigência de 2 anos para a conclusão de mestrado e 4
> para o doutorado? Como conciliar essa necessidade com a duração de
> financiamento dos projetos nos laboratórios? E então, por que a academia
> deve ser a única fonte confiavel desse tipo de informação científica? Há
> diversos outros atores: produtores rurais, moradores de cidades e de
> comunidades tradicionais tão atentos às plantas no seu cotidiano. Foi com
> tudo isso que certo dia me peguei pensando em por que não contar com a
> ajuda dessas pessoas, não cientistas, ou melhor talvez cientistas não
> profissionais, para aumentar o volume de dados e construir uma grande rede.
> Foi nessa busca que encontrei redes de estudos fenológicos no Canadá,
> França, EUA, etc. A minha vontade é agora começar a fazer isso para São
> Paulo e depois, se der certo, estender para outras regiões.
>
> eu não estou vinculada à nenhuma universidade ou centro de pesquisa e nem
> sei se serei, pois não me encaixo na lógica de produzir um punhado de
> artigos científicos e, então, ser reconhecido como um bom cientista...
> quero lutar por outra coisa!! meu amor à natureza vem antes...
>
> depois de acabar o dout, fiquei 3 meses num sabático pelo europa e agora
> que voltei, quero começar a me mexer... tem um grupo de estudos na
> Laboriosa que se chama Doutorado Informal, com uma ideia interessante de
> criar conhecimento desvinculado de gesso da universidade. Eu participei de
> uma reunião antes de viajar, que foi um tanto difusa, mas enriquecedora!
>
> bem, enough of me...
> minhas mãos estão à disposição para o trabalho e minha cabeça, aberta ao
> aprendizado.
> abraços,
> Klécia
>
>
> _______________________________________________
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*Atenciosamente,Rodrigo Elias Francisco*
*Professor - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano /
Campus Morrinhos*
*Mestrando em Ciência da Computação - UFG*
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