[ciência aberta]Open innovation, open science, open to the world: Publicação da União Europeia

Rafael Pezzi rafael.pezzi em ufrgs.br
Terça Maio 31 17:10:20 UTC 2016


A União Europeia está dando um salto nas questões de abertura de 
conhecimento. Acabou de ser publicado um estudo, na forma de livro 
intitulado *Open innovation, open science, open to the world*, 
disponível para download 
<http://bookshop.europa.eu/en/open-innovation-open-science-open-to-the-world-pbKI0416263/>.

Este estudo foi encomendado ao Comissário Europeu para a Investigação, 
Inovação e Ciência pelo próprio presidente da União Europeia. Destaco 
que este estudo e trás muitos dos elementos aplicados no Centro de 
Tecnologia Acadêmica do Instituto de Física da UFRGS 
<http://cta.if.ufrgs.br> desde sua fundação.

Interessante que a publicação apresenta a abertura do conhecimento como 
um processo natural advindo do uso das potencialidades das novas 
tecnologias da informação. Aponta que estimular esta abertura é o 
caminho para melhor aproveitamento dos recursos públicos investidos em 
ciência e inovação, entre diversas outras vantagens.

Apresenta diretrizes e linhas gerais do processo de abertura do 
conhecimento através de inovação aberta, ciência aberta, ciência cidadã, 
citando indiretamente a Wikipédia, porém, falha ao não mencionar 
explicitamente o software livre e as licenças permissivas, fundamentas 
para a proposta do texto. Cita o CERN como origem da World Wide Web, mas 
não fala da licença de Hardware Aberto do CERN. Enfim, tomando estas 
questões de licenciamento e plataformas e infraestruturas abertas, os 
trabalho do CTA IF/UFRGS tem muito para contribuir para enriquecer este 
debate tanto para as questões Europeias, como também para ampliar a sua 
profundidade aqui no Brasil.

A publicação sugere a utilização de um conceito chamado "Global Research 
Area". Neste conceito "pesquisadores e inovadores podem trabalhar com 
colegas internacionais onde pesquisadores, conhecimento científico e 
tecnologia circula tão livremente quando possível. Entretanto, os casos 
de estudo apontados na sequencia da publicação não explicitam como este 
objetivos são atingidos.

Outro destaque são as cinco linhas de ações políticas para promover 
Ciência Aberta:

 1. Fostering and creating incentives for Open Science, by fostering
    Open Science in education programmes, promoting best practices and
    increasing the input of knowledge producers into a more Open Science
    environment (citizen science). This area is also concerned with
    guaranteeing the quality, impact and research integrity of (Open)
    Science;
 2. Removing barriers to Open Science: this implies, among other issues,
    a review of researchers’ careers so as to create incentives and
    rewards for engaging in Open Science;
 3. Mainstreaming and further promoting open access policies as regards
    both research data and research publications;
 4. Developing research infrastructures for Open Science, to improve
    data hosting, access and governance, with the development of a
    common framework for research data and creation of a European Open
    Science Cloud, a major initiative to build the necessary Open
    Science infrastructure in Europe; and,
 5. Embedding Open Science in society as a socio-economic driver,
    whereby Open Science becomes instrumental in making science more
    responsive to societal and economic expectations, in particular by
    addressing major challenges faced by society.

Mais alguns trechos interessantes:

    "This publication shows how research and innovation is changing
    rapidly. Digital technologies are making the conduct of science and
    innovation more collaborative, more international and more open to
    citizens."

    "Put simply, the advent of digital technologies is making science
    and innovation more open, collaborative, and global."

    "... What is meant by Open Innovation? The basic premise of Open
    Innovation is to open up the innovation process to all active
    players so that knowledge can circulate more freely and be
    transformed into products and services that create new markets,
    fostering a stronger culture of entrepreneurship."

    "... specific innovation can no longer be seen as the result of
    predefined and isolated innovation activities but rather as the
    outcome of a complex co-creation process involving knowledge flows
    across the entire economic and social environment."

    Challenges in areas like energy, health, food and water are global
    challenges.

    "We need to be Open to the World! Europe is a global leader in
    science, and this should translate into a leading voice in global
    debates. To remain relevant and competitive, we need to engage more
    in science diplomacy and global scientific collaboration. It is not
    sufficient to only support collaborative projects; we need to enable
    partnerships between regions and countries."

    "...for a rapid and effective global research response to outbreaks
    like Ebola or Zika; contributing to the evidence base for the
    International Panel on Climate Change and COP21 negotiations..."

    "To maximise their potential, the main components of the ‘Open
    Innovation’ and ‘Open Science’ policies should also be ‘Open to the
    World’."

    "One focus has been on the concept of a Global Research Area where
    researchers and innovators are able to work together smoothly with
    colleagues worldwide and where researchers, scientific knowledge and
    technology circulate as freely as possible."

Texto completo disponível em 
http://bookshop.europa.eu/en/open-innovation-open-science-open-to-the-world-pbKI0416263/


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