[okfn-br] Fim do texto em duas colunas nas publicações científicas! e uma nova cultua despontando
Edgar Zanella Alvarenga
e em vaz.io
Domingo Junho 7 17:41:28 UTC 2015
Peter, não é a primeira vez que vejo você discorrendo sobre o assunto
sem muitas referências concretas ao que está falando.
> O que mudou agora em 2015??
Do que está falando exatamente em relação a PLOS? Da notícia do blog
deles:
http://blogs.plos.org/plos/2015/01/streamlined-formatting-plos-article/
De onde está tirando toda essa sua teoria por trás da mudança do
template LaTeX na PLOS?
> Isso vai levar um tempo, mas o PDF de uma coluna não só é
> mais barato de produzir, como também mais barato (custo de raspagem
> de dados) de comparar e demonstrar que está contido no XML.
De que custo está falando? Os artigos submetidos para a PLOS possuem
um template LaTeX bem definido. Se o template vai utilizar duas ou
uma coluna isso é indiferente na escrita do artigo. Aliás, um dos
emails seus relacionados a essa discussão você comentou da
impossibilidade
do uso do LaTeX para publicações profissionais. Desculpe, mas isso é
simplesmente um profundo equívoco. Não só existe milhares de livros
publicados usando TeX/LaTeX, como não apenas a PLOS aceita as submissões
neste formato, mas Nature, Science, Evolution, PNAS, F1000 etc são
algumas
das revistas que aceitam (algumas delas sendo uma necessidade) as
submissões dos artigos utilizando-os. Dê uma olhada por exemplo aqui:
https://www.overleaf.com/gallery/tagged/academic-journal
Nada contra a discussão do tema, mas apontar a mudança de um
template da PLOS como algo relacionado a XML-Publishing me parece uma
conexão um tanto quanto espúria.
Edgar
On 04/06/2015 09:46, Peter Krauss wrote:
> Sinopse: dados abertos e conhecimento aberto científicos irão se
> beneficiar da redução de custos e da maior proximidade entre
> publicações XML, PDF e EPUB.
>
> - - - -
>
> Comecemos pelo exemplo: compare o PDF de dois artigos aleatórios da
> revista PlosONE, um recente de 2015 outro de 2014 ou antes,
> PDF PlosONE de 2015 [1];
> PDF PlosONE de 2014 [2].
>
> Surpresa? O de 2015 está mais "feinho"! Involução? Falha no
> sistema?
>
> Não é falha... Explico, dentro de uma perspectiva histórica e
> tentando encaixar o Brasil nesse contexto.
>
> Em 2011 lançamos uma "profecia patriótica", de que o processo
> produtivo das revistas científicas seria mais eficiente e muito mais
> barato,
> http://www.datagramazero.org.br/out11/Ind_com.htm [3]
> a eficiência vem sendo lentamente conquistada nas revistas
> brasileiras pela iniciativa do SciELO de adotar o XML como "dual" do
> PDF, desde 2013
> http://blog.scielo.org/blog/2014/04/04/xml-porque/ [4]
> mas o custo não: ainda hoje a diagramação de artigos científicos
> nas revistas brasileiras segue o modelo produtivo artesanal
> tradicional, os retoques e revisões são impostos por uma cultura de
> "fazer bonito no papel".
> A exigência dos autores e editores brasileiros em revisar a _prova
> tipográfica_, e não levarem a sério e se restringirem à _revisão
> do conteúdo_ antes dessa _prova_, tem um custo financeiro altíssimo.
> O tal do processo XML-Publishing só vai ser significativamente mais
> econômico se não houver intervenção humana nem loops de
> revisão...
> Essa cultura tem sido a maior barreira à profecia de 2011.
>
> Isso não ocorre apenas no Brasil, mas em revistas onde autores e
> editores mantém no subconsciente, como modelo, as suas Rolls-Royces
> (ex. Nature [5])... É como um indústria de carros 1.0 querendo
> imitar o design tradicional de alto luxo, a um custo de dois carros...
> Injustificável para as revistas, inclusive de alto impacto, que
> praticamente não publicam mais em papel.
>
> O que mudou agora em 2015??
>
> Maior revista científica do mundo, e OpenAccess [6] de maior impacto,
> a PLOS ONE [7], depois de "engolir" durante anos que os autores
> pagavam muito caro para estar na revista, decidiu iniciar a sua
> cruzada contra a cultura irracional da revisão da prova tipográfica.
> O contrato do autor com a revista é em torno do conteúdo (do XML!),
> não da sua visualização no papel.
>
> Na Web esse dilema do "PDF feinho" é também rotulado de "dilema do
> _fluid_ vs _rigid_", já citado aqui na Lista pelo Andrés,
>
> http://clintlalonde.net/2015/05/02/are-you-analog-or-digital/ [8]
>
> O que ocorreu na PlosONE, de qualquer forma, não foi uma decisão de
> design, mas uma decisão de processo produtivo.
> ...
>
> As revistas científicas ainda não podem "aposentar o PDF" pelo mesmo
> motivo que os Diários Oficiais: o PDF é que tem valor de registro
> oficial. Isso vai levar um tempo, mas o PDF de uma coluna não só é
> mais barato de produzir, como também mais barato (custo de raspagem
> de dados) de comparar e demonstrar que está contido no XML.
> ...
> Agora o subconsciente dos autores e editores científicos brasileiros
> já tem para onde olhar... Que tal iniciar uma campanha nas
> universidades brasileiras?
> POR FAVOR SONHEM EM SER UMA PLOS ONE!
>
>
>
> Links:
> ------
> [1]
> http://www.plosone.org/article/fetchObject.action?uri=info:doi/10.1371/journal.pone.0126791&representation=PDF
> [2]
> http://www.plosone.org/article/fetchObject.action?uri=info:doi/10.1371/journal.pone.0104033&representation=PDF
> [3] http://www.datagramazero.org.br/out11/Ind_com.htm
> [4] http://blog.scielo.org/blog/2014/04/04/xml-porque/
> [5]
> https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Welcome,_Nature._Seriously_(from_PLoS)_(5405189157).jpg
> [6] https://en.wikipedia.org/wiki/Open_access
> [7] https://en.wikipedia.org/wiki/PLOS_ONE
> [8] http://clintlalonde.net/2015/05/02/are-you-analog-or-digital/
>
> _______________________________________________
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