[okfn-br] Dados abertos ajudariam aposentadorias do INSS: 4,35 bilhões seriam questionados

Peter Krauss ppkrauss em gmail.com
Terça Setembro 8 21:43:17 UTC 2015


A noticia que divulguei foi citada por um colega de trabalho, e ele
reforçou que o problema persiste, nada mudou desde 2013, por isso achei
interessante divulgar sucintamente... Sobre rascunhar um projeto a partir
disso, é algo mais sério (precisaria primeiro confirmar o que é ainda fato
agora em 2015 e o que é boato), mas quem "arregaçar as mangas" teria pelo
visto apoiadores;
por hora, vale a discussão, até onde sei "*transparência no INSS*" é
assunto novo para a OKBr.

Projetos de cunho mais "fiscal", como Gastos Abertos, não fazem nenhuma
"caça às bruxas", apesar de ser trivial criar um consulta (ex. SQL) ao
banco de dados para fazer, por exemplo, um *ranking* dos CNPJs que mais
receberam dinheiro numa dada região...
A OKBr pode até publicar relatórios em seu nome: sumarizações (ex. SUM
GROUP BY) não dão nomes às bruxas, apenas evidenciam "onde minerar" para
subsidiar ou incentivar os jornalistas, auditores, etc. a fazerem o
trabalho deles.  Se um jornalista faz "ranking de indivíduos" usando a
ferramenta OKBr, é de autoria e responsabilidade dele.
O Luciano e o Luiz entenderam o espirito da frase, mas concordo que a
imprecisão pode causar mal-entendidos ... Desculpem Heloisa e demais que
possam ter entendido de outra forma ...

Aqui na Lista, dada a pluralidade de ideologias, interesses e expertises,
 sinto que é complicado achar o balanço entre ser sucinto (e objetivo) ou
ser preciso...
Respondendo/comentando:

* a citação do caso do Japão enriqueceu o contexto.

* a citação da da noticia que foca os esforços do  Contas Abertas
<http://www.contasabertas.com.br/>  nos faz lembrar que sempre haverão
potenciais parceiros para a OKBr, vale a pena sondar, dialogar e ouvir o
que outros tem a dizer, eventualmente até a colaborar.
   PS: as "ONGs digitais" no Brasil ainda estão engatinhando em termos de
planejamento conjunto e interoperabilidade.

* o comentário sobre "conexão" é mais técnico, se ninguém reclamar,
acrescento um comentário técnico: seriam "coxões estatísticas", realmente
não tem como buscar dados de "conexão direta", relacional, exceto pelos já
casos denunciados. Assim como não existem números certos de roubos e
furtos; mas as seguradoras criam ótimos estimadores a partir dos poucos
dados registrados, pode-se criar estimadores razoáveis.

- - - -
PS: as isenções fiscais são sim um outro tema interessante, vale a pena
abrir outro *thread* para isso.



Em 8 de setembro de 2015 19:15, Heloisa Pait <heloisa em ok.org.br> escreveu:

> Se fosse para examinar um assunto específico, eu acho que isenções fiscais
> seria interessante, pois são bilhões, geram concorrência desleal e elevação
> de impostos geral.
> Não conheço a dificuldade da coisa, mas a utilidade seria brutal,
> inclusive para o setor empresarial não agraciado, que poderia ter interesse
> em financiar o projeto...
>
> Em 8 de setembro de 2015 16:02, Heloisa Pait <heloisa em ok.org.br> escreveu:
>
>> Também acho um projeto difícil, por razões óbvias. Acho que estimula o
>> caçabruxismo que, na minha opinião, é a antítese da transparência.
>>
>> Li um artigo excelente hoje,
>> http://g1.globo.com/economia/blog/beth-cataldo/post/o-esforco-para-abrir-contas-do-orcamento-publico.html,
>> que trata da coisa mais geral de publicidade do orçamento.
>>
>> Em 8 de setembro de 2015 13:13, Luiz Armesto <luiz.armesto em gmail.com>
>> escreveu:
>>
>>> Mas como seria feita a conexão? Com quais dados? Pelo que parece a
>>> maioria que frauda não casa no civil nem registra união estável, só mora
>>> junto ou casa no religioso, quando casa?
>>>
>>> 2015-09-08 13:02 GMT-03:00 Luciano Ramalho <luciano em ramalho.org>:
>>>
>>>> Esse é um grande projeto, eu gostaria de ajudar.
>>>>
>>>> No Japão (terra onde os brasileiros acreditam que todo mundo é
>>>> honesto) o governo descobriu uma outra fraude em escala monumental:
>>>> pessoas mortas continuavam recebendo aposentadorias. Quando o
>>>> beneficiário, geralmente um idoso, falecia, as famílias escondiam o
>>>> corpo para continuar recebendo as pensões.
>>>>
>>>> O governo descobriu o golpe quando mandaram um assistente social
>>>> visitar um homem que seria o japonês mais idoso. O assistente tentou
>>>> várias vezes e a família sempre dizia que ele não estava ou que não
>>>> podia atender. Até que o assistente desconfiou e armado de outras
>>>> evidências circunstanciais conseguiu levar a polícia até a casa, onde
>>>> encontraram o homem "mumificado" sobre a cama em um quarto fechado.
>>>> Ele estava lá há muitos anos. Daí o governo começou a procurar casos
>>>> semelhantes e encontrou dezenas de milhares de outros beneficiários
>>>> mortos.
>>>>
>>>> Mas não podemos esquecer: brasileiro é o povo que não presta. <==
>>>> ironia, favor não citar fora de contexto ;-)
>>>>
>>>> [ ]s
>>>> Luciano
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> 2015-09-08 12:14 GMT-03:00 Peter Krauss <ppkrauss em gmail.com>:
>>>> >
>>>> > R$4,35 bilhões por ano (!!) é o valor que a União paga para filhas de
>>>> > servidores mortos que não se casam (!)...   Só que a maioria é de
>>>> fraudes –
>>>> > muitas já se casaram, tiveram filhos, mas ainda recebem os
>>>> benefícios  – , e
>>>> > em nome de uma "visão cultural" meio anacrônica.
>>>> >
>>>> > A notícia é de 2013, mas o problema, pelo que ouvi, permanece sem
>>>> solução:
>>>> > sabemos como seria simples, ter acesso aos dados, fazer as conexões,
>>>> > publicar os casos de irregularidade.
>>>> >
>>>> >
>>>> http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/11/filhas-de-servidores-que-ficam-solteiras-para-ter-direito-bpensao-do-estadob.html
>>>> >
>>>> >
>>>> > Tá aí uma sugestão de Projeto OKBr :-)
>>>> >
>>>> >
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