[ciência aberta]Declaração do México - LATINDEX, REDALYC, CLACSO e IBICT

Fabio Azevedo fazedo em gmail.com
Domingo Agosto 12 17:45:19 UTC 2018


Olá, pessoal!

Esta discussão veio bem a calhar. Semana passada, entrei em contato com a
Prefeitura de Porto Alegre e com a gerência administrativa do LUME
(repositório científico da  UFRGS) sobre o uso de licenças não comerciais.

Do LUME, veio a resposta que eles escolheram um licença NC porque outros
repositórios fazem o mesmo, eu perguntei se havia outra razão e não me
responderem ainda.

Da Prefeitura de Porto Alegre, disseram-me que não desejam licenciar para
uso comercial e que também foi a recomendação do procurador-geral. Quando
perguntei a razão e por que haviam escolhido o Flickr, que é uma empresa
com fins lucrativos para hospedar o material, também ainda não me
responderam.

Alguém saberia me explicar por que razão um procurador-geral aconselharia
uma prefeitura a não dar licença livre ao conteúdo produzido?

Além disso, alguém já teve sucesso em convencer gestores de conteúdo a
abandonar a cláusula NC?

Obrigado,
Fábio Azevedo




Em 8 de agosto de 2018 21:44, Alexandre Hannud Abdo <abdo em member.fsf.org>
escreveu:

> Ni! Olá pessoal,
>
> Achei que valia o esforço de reescrever o comentário que fizera à tal
> declaração, com um tom mais claro e menos espinhoso... mas não menos
> crítico :-P
>
> https://www.cienciaaberta.net/o-uso-da-clausula-cc-nao-
> comercial-prejudica-a-ciencia-aberta/
>
> Abraços,
> l
> e
> .~´
>
> PS: todos receberam essa informação quando aderiram à lista, mas não custa
> repetir, que o blog é aberto à participação. (:
>
>
> 2018-07-26 3:03 GMT+02:00 Andre L Appel <alappel em gmail.com>:
>
>> Obrigado pelo follow up sobre as licenças, Abdo, assim como à Tatiane, ao
>> Tel e Miguel pelos comentários. Discussões assim nos ajudam a perceber
>> melhor o contexto e ir além das infos que estão por aí nas cartilhas sobre
>> licenças ou nos manifestos. Mas ressalto que ainda estou bastante curioso
>> com relação às motivações ou o que / quem exatamente motiva/influencia a
>> escolha entre as diferentes cláusulas pelas diversas comunidades. Fizemos
>> (eu, Sarita e Ivonne Lujano), inclusive, esse comentário em trabalho
>> para o Elpub <https://doi.org/10.4000/proceedings.elpub.2018.29> deste
>> ano, em que vimos que a CC BY-NC-ND é quase tão usada (24%) quanto a CC BY
>> (30%) por editores de revistas da AL&C, embora correspondendo a uma pequena
>> amostra (n=55). Nossa ideia é seguir com um trabalho mais verticalizado com
>> revistas que se mostraram interessadas, mas haja fôlego!
>>
>> Sobre o DOI, eu ainda preferiria ver as taxas administrativas, de
>> transações internacionais, infraestrutura pessoal e administrativa etc.
>> desatreladas da associação como uma opção ou ao menos explicitadas, para
>> justificar a escolha 'informada' por uma modalidade ou por outra. Para uma
>> revista ou instituição, a associação se apresenta como financeiramente
>> vantajosa no momento (ao menos com o dólar a R$ 4), mas para uma
>> universidade que tenha um portal com com 20+ revistas esse cenário já se
>> altera um pouco.
>>
>> Sobre os treinamentos/apropriação, encontrei hoje este evento
>> <https://www.eventbrite.com/e/crossref-live-in-brazil-goiania-tickets-47089814904>
>> (tbm no anexo) 'perdido' entre e-mails e tenho que reconhecer o trabalho da
>> Associação nesse sentido.
>>
>> Abs,
>> Andre
>>
>> On Tue, Jul 24, 2018 at 8:07 AM Alexandre Hannud Abdo <
>> abdo em member.fsf.org> wrote:
>>
>>> 2018-07-22 0:22 GMT+02:00 Andre L Appel <alappel em gmail.com>:
>>>
>>>> Vendo a resposta do Ale, me pergunto por que a própria comunidade criou
>>>> a modalidade NC se esta é assim tão prejudicial à própria comunidade!?
>>>>
>>>> (Sim, é pergunta retórica. Vou pesquisar :)
>>>>
>>>
>>>
>>> Ni! Legal Andre, imaginando que você já teve tempo para suas
>>> pesquisas... ;-) faço um acréscimo.
>>>
>>> Não foi a comunidade de acesso aberto quem criou as cláusulas das
>>> licenças creative commons, foi uma organização, a Creative Commons,
>>> liderada por advogados e cujo objetivo é fornecer instrumentos jurídicos
>>> genéricos para a flexibilização dos direitos de autor. Como eles dizem,
>>> "some rights reserved".
>>>
>>> Vale observar que a própria Creative Commons, enquanto oferece um
>>> espectro de licenças, etiqueta as suas licenças para diferenciar as livres
>>> das não livres. As licenças com as cláusulas NC ou ND não recebem a
>>> etiqueta de licença livre.
>>>
>>> Mas não se deve ignorar que as licenças contendo a cláusula NC e, ou,
>>> mesmo a ND (sem derivados), são em todo caso melhores que "todos os
>>> direitos reservados", e ainda podem ser úteis numa transição para licenças
>>> livres onde esse for o objetivo.
>>>
>>> Contudo, a cláusula NC impacta negativamente o acesso aberto porque essa
>>> comunidade já conseguiu, em grande medida e em particular lutando contra os
>>> esforços pró-NC das grandes editoras, estabelecer licenças livres como
>>> padrão, e nesse estado a cláusula NC representa um grande retrocesso, pelas
>>> razões previamente expostas.
>>>
>>> Lembrando que as grandes editoras não defendem a cláusula NC por
>>> vocação. Elas querem "todos os direitos reservados". Elas defendem a NC
>>> apenas aonde a maré já virou para o acesso aberto, levando-as a analisar
>>> esse novo contexto e tanto quanto possível puxar a corda para o seu lado -
>>> o lado da exclusão e da mercantilização.
>>>
>>>
>>>
>>>> Aproveitando o gancho sobre a adesão ao banco da CrossRef, é preciso
>>>> atentar também para o valor (crescente) que as revistas estão tendo que
>>>> pagar para registrar número DOI aos artigos via o convênio Abec/IBICT.
>>>>
>>>> Antes do convênio, isso custava US$ 275 anuais de associação à CrossRef
>>>> + US$ 1 por artigo.
>>>>
>>>> Agora custa ~ R$ 500 anuais de associação à Abec (não me perguntem o
>>>> porquê da "venda casada) + US$ 1 por artigo
>>>>
>>>> OU
>>>>
>>>> US$ 5 (!?) por artigo sem associação.
>>>>
>>>> Há vantagens em pagar via Abec? Sim, como pagar em Reais e sem
>>>> transação internacionalização, por boleto, p. ex. Mas há muito mais
>>>> detalhes desse convênio a serem esmiuçados. Esses aumentos de custos nem
>>>> sempre "fundamentais" (e dependentes do dólar flutuante) às nossas revistas
>>>> podem levar a uma corrida pela cobrança de APC. E falo nem sempre
>>>> fundamentais pq afirmo, com certa convicção, que a maioria da comunidade
>>>> acadêmica brasileira só vê importância no DOI para inserir artigos no
>>>> Lattes. Seria bem oportuna mesmo uma "apropriação" do DOI pela comunidade
>>>> de revistas e acadêmicos, com foco nas citações abertas, altimetria etc.
>>>>
>>>
>>>
>>> Se eu entendi bem pagar pela Abec no final sai mais barato para a
>>> revista, pois a taxa de inscrição em reais é metade da taxa em dólares e
>>> não flutua. O preço alto sem passar pela associação pode ser proposital
>>> para desmotivar a transação direta e estabelecer a Abec como uma gestora
>>> local, o que pode se explicar por razões legítimas organizacionais e de
>>> custo.
>>>
>>> Mas se ver algo estranho, apite ;-)
>>>
>>> .~´
>>>
>>>
>>>
>>>> Abs,
>>>>
>>>> Andre
>>>>
>>>> On Wed, Jul 18, 2018, 8:54 PM Alexandre Hannud Abdo <
>>>> abdo em member.fsf.org> wrote:
>>>>
>>>>> Ni!
>>>>>
>>>>> Bom, vamos lá... eu não ando com tempo mas é preciso lembrar algumas
>>>>> coisas.
>>>>>
>>>>> 0) A indústria editorial é a maior proponente das licenças NC, e foi a
>>>>> duras penas que isso não se estabeleceu, mas o risco sempre paira.
>>>>>
>>>>> 0.1) Preciso explicar o porquê deles terem lutado tanto por isso?
>>>>>
>>>>> 0.2) Ok, explico: a licença NC preserva parte do monopólio e portanto
>>>>> é mais condutiva à mercantilização do conhecimento.
>>>>>
>>>>> A Elsevier está bem a par disso, e deve estar contentíssima com essa
>>>>> declaração conjunta. Deve estar mais contente ainda que nem teve de pagar
>>>>> gente para defendê-la.
>>>>>
>>>>> A situação é a mesma de outros meios, como música ou cinema: os
>>>>> grandes conglomerados sempre favorizam as licenças não comerciais, pois
>>>>> eles entendem muito bem a lógica do capital, que não é o comércio, mas a
>>>>> exclusão. Aonde há exclusão, há potencial de mercantilização e exploração.
>>>>>
>>>>> Algumas observações que esclarecem isso:
>>>>>
>>>>> 1) Quando falamos de escolha de licença, estamos falando da "licença
>>>>> para o público geral". Grandes editoras não são o público geral. Elas tem
>>>>> dinheiro para comprar qualquer permissão que necessitem, ou os advogados,
>>>>> juízes e políticos necessários para formar e burlar as regras que lhes
>>>>> convém. E, em último caso, elas pagarão as multas ou indenizações que
>>>>> conseguirem passar pelo calvário da justiça, e cujo pagamento já estava
>>>>> previsto na precificação dos seus produtos.
>>>>>
>>>>> 2) Essa defesa do NC se apóia em parte no fato de numerosas revistas
>>>>> na América Latina serem hoje organisadas por instituições públicas e
>>>>> associações científicas. Assim também eram organizadas grande parte das
>>>>> revistas científicas mundiais antes das grandes editoras as comprarem. E
>>>>> elas apenas não compraram as revistas latino americanas por uma razão muito
>>>>> simples: elas não vêem valor econômico algum, pois essas tem baixo impacto
>>>>> internacional e os países aos quais interessam as tais editoras já sugam a
>>>>> pouca seiva que têm.
>>>>>
>>>>> 2.1) Uma licença NC aumenta o motivo econômico para adquirir uma
>>>>> revista pois permite formas de exclusão e portanto seu valor enquanto
>>>>> mercadoria. Uma vez adquirida, fica mais fácil excluir a concorrência da
>>>>> provisão de serviços agregados, pela própria liceça NC e por meios técnicos
>>>>> independentes das licenças, como limites de acesso em massa.
>>>>>
>>>>> 2.2) Ver a realidade político-econômica da américa latina hoje e achar
>>>>> que a comunidade acadêmica da região tem cacife para aguentar a pressão no
>>>>> dia em que as grandes editoras tiverem motivo econômico para comprar suas
>>>>> revistas só pode ser classificado como tremendo delírio. Especialmente
>>>>> diante da realidade que as revistas latino americanas que atingiram alguma
>>>>> relevância global já foram incorporadas, em ato contínuo. Num prazo médio
>>>>> em quer perdure a tual conjuntura, não me espantaria até o SciELO ser
>>>>> vendido, caso desperte o interesse.
>>>>>
>>>>> 3) Talvez o ponto mais crítico, pra não dizer triste: o principal
>>>>> (único?) argumento da declaração para justificar a cláusula NC são os
>>>>> "motores de busca", "descobridores" e serviços agregados em geral. Isso
>>>>> mostra um grave desconhecimento da realidade legal e econômica. Uma licença
>>>>> NC não vai impedir nenhum ator, comercial ou não, de prover uma grande
>>>>> parte desses serviços, em particular os dois citados explicitamente.
>>>>>
>>>>> 3.1) Já parou para pensar que o Google indexa e fornece inúmeros
>>>>> serviços analíticos sobre a Web? Já parou para pensar que 99% da Web tem
>>>>> *todos* os direitos reservados? Fica a sugestão do quão efetiva será na
>>>>> prática uma licença NC para o que a declaração pretende.
>>>>>
>>>>> 3.2) Ademais, qualquer luta contra esses usos, particularmente a
>>>>> adoção de restrições NC, corre o risco de auto-sabotagem, pois a
>>>>> possibilidade de mineiração de texto e dados sem autorização prévia
>>>>> interessa principalmente à comunidade científica, que está longe de
>>>>> conseguir excessões universais "para uso acadêmico" e que, mesmo se
>>>>> conseguisse, seguiria longe de ter a competência e os recursos para fazê-lo
>>>>> na escala da própria demanda, sem parcerias com atores de mercado com
>>>>> compromisso pró-abertura.
>>>>>
>>>>> Isso nos remete a essa questão: em termos de força para equiparar as
>>>>> ofertas de serviços das grandes editoras, as licenças NC deixam a academia
>>>>> e sociedade civil impedidas de colaborar com iniciativas de
>>>>> empreendedorismo pró-abertura, e dificultam a concorrência de pequenos e
>>>>> médios empreendimentos com compromisso acadêmico (i.e. ContentMine
>>>>> <http://contentmine.org/>, que inovou com uma cláusula pétrea
>>>>> pró-abertura no seu contarto social), que não terão o capital jurídico para
>>>>> prevalecer contra o risco de ataques, inclusive ataques das grandes
>>>>> editoras que serão as primeiras a se aproveitar do NC para afogar a
>>>>> competição.
>>>>>
>>>>> Enfim, eu não consigo ver sequer uma brecha pela qual uma licença NC
>>>>> fará qualquer bem nesse contexto que não seja na escala de tempo a mais
>>>>> míope. Se há, com grande probabilidade não se trata de um rombo pelo qual
>>>>> ela pudesse fazer mais bem do que todos os problemas que ela causa.
>>>>>
>>>>> Sem falar no custo político de mobilização por quebrar o discurso de
>>>>> acesso aberto em dois, dando munição para as grandes editoras defenderem
>>>>> uma licença que já defendem pois lhes convém. Nem é preciso entrar nisso.
>>>>>
>>>>> Igualmente não há necessidade de discutir que adotar uma licença
>>>>> incompatível com o acesso aberto internacionalmente estabelecido será mais
>>>>> um fator de opacidade ao resto do mundo para a produção acadêmica da
>>>>> américa latina.
>>>>>
>>>>> Falando em termos mais gerais, o fato é que direito autoral é o
>>>>> instrumento errado para levar essa luta. Isso não foi evidente de imediato,
>>>>> mas em repetidas iterações percebeu-se que, para os interesses mesmo de
>>>>> médio prazo da ciência, era preciso evitar ainda a cláusula SA
>>>>> (CompartilhaIgual) para publicações e, para dados científicos, preferir o
>>>>> domínio público.
>>>>>
>>>>> Há, pour outro lado, instrumentos adequados para essa luta. E é
>>>>> lamentável que essa declaração nem sequer os menciona. Uma declaração com
>>>>> sentido, e impacto positivo e não negativo para os fins propostos, seria
>>>>> conclamar o dito "sistema latino americano de acesso aberto" a:
>>>>>
>>>>> A) Integrar-se com urgência aos bancos de dados CrossRef e OrcID.
>>>>> Estes são os dois principais esforços que ameaçam materialmente o monopólio
>>>>> das grandes editoras sobre os ditos "serviços agregados".
>>>>>
>>>>> B) Financiar infra-estruturas e pesquisas acadêmicas em consórcio para
>>>>> o desenvolvimento de serviços agregados ao acesso às publicações e dados,
>>>>> em parceria com o setor privado local pró-abertura.
>>>>>
>>>>> C) Reforçar, inclusive através de mandatos institucionais, o uso de
>>>>> licenças mais permissivas (CC-BY para publicações, CC-Zero para dados) que
>>>>> nivelem o campo de jogo e garantam que toda a sociedade terá a
>>>>> possibilidade de fruir do conhecimento produzido, sem privilegiar quem tem
>>>>> capital jurídico, e independentemente de quem controlar as instituições no
>>>>> futuro.
>>>>>
>>>>> Bem, parei por aqui que tá tarde, e antes que isso vire uma lista para
>>>>> papai noel ;-)
>>>>>
>>>>> .~´
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> 2018-07-05 22:47 GMT+02:00 Miguel Said Vieira <msv em dev.full.nom.br>:
>>>>>
>>>>>> Concordo com o Tel, pessoal. Eu acrescentaria que esse caso mostra
>>>>>> que às vezes há diferenças significativas de contexto (na América Latina o
>>>>>> acesso aberto foi historicamente custeado sem fins lucrativos, em
>>>>>> particular pelo setor público; as grandes editoras tradicionais, cujos
>>>>>> modelos de negócio já fazem uso das publicações em acesso aberto -- para
>>>>>> produzir "serviços de valor agregado" ou inteligência de negócios --, são
>>>>>> de outra região, e do setor privado); essas assimetrias precisam ser
>>>>>> consideradas com cuidado quando argumentamos em favor de soluções uniformes
>>>>>> (uma licença para todos).
>>>>>>
>>>>>> Abraços,
>>>>>> Miguel
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> On 07/05/2018 12:55 PM, Tel Amiel wrote:
>>>>>>
>>>>>> olá pessoal,
>>>>>>
>>>>>> eu acho que o debate em torno da cláusula NC não vai ser contornado
>>>>>> com facilidade, e o problema se dá em grande parte porque somente 6
>>>>>> licenças não contemplam as demandas de uma pluralidade de atores e
>>>>>> contextos. por muito tempo fui absolutamente contra a adoção da cláusula,
>>>>>> mas conversando cada vez mais com diferentes atores, percebo que é difícil
>>>>>> encontrar soluções práticas para diversos de seus problemas de
>>>>>> licenciamento. enquanto a discussão se dá no acesso aberto ao conhecimento
>>>>>> científico (OA), creio essa defesa é mais fácil, mas em outros campos, é
>>>>>> bem mais tênue.
>>>>>>
>>>>>> abraços!
>>>>>>
>>>>>> tel
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Em 24/06/18 19:39, Tatiane escreveu:
>>>>>>
>>>>>> Caros colegas,
>>>>>>
>>>>>> Na contramão das recomendações das Declarações de Budapeste, Betesdha
>>>>>> e Berlim, da Open Knowledge Foundation, da Rede SciELO, entre outras
>>>>>> instituições e documentos gerados pelo Movimento de Acesso Aberto, a
>>>>>> LATINDEX, REDALYC, CLACSO e IBICT lançaram, em 15 de dezembro de 2017, a
>>>>>> Declaração do México, que reivindica e apoia o uso da Licença CC BY-NC-SA
>>>>>> para garantir a proteção da produção acadêmica e científica em acesso
>>>>>> aberto, restringindo a apropriação dos resultados de pesquisa para fins
>>>>>> comerciais.
>>>>>>
>>>>>> A preocupação central do documento é impedir que as editoras se
>>>>>> apropriem da produção em acesso aberto licenciada em CC-BY.
>>>>>>
>>>>>> Contudo, ao ler e estudar um pouquinho alguns documentos que mostram
>>>>>> os limites da adoção da licença CC-BY-NC-SA para o uso e disseminação livre
>>>>>> do conhecimento, me questionei se este caminho (Declaração do México -
>>>>>> LATINDEX, REDALYC, CLACSO e IBICT) não seria um retrocesso aos avanços que
>>>>>> foram gerados a partir de ações e debates que se nortearam pela perspectiva
>>>>>> do comum e da ética hacker.
>>>>>>
>>>>>> Observo, em alguns debates, que diversos grupos adotam a licença
>>>>>> Creative Commons mais restritiva (BY-NC-SA) pela falta de compreensão do
>>>>>> que esta licença significa. Assim, seria muito interessante que o grupo,
>>>>>> que é um espaço de trocas e aprendizagem, pudesse debater essa questão.
>>>>>>
>>>>>> Em meu trabalho, por exemplo, propomos a licença BY-SA, mas fomos
>>>>>> derrotados pelos gestores, mesmo com todas as explicações e documentos que
>>>>>> apresentamos. Inclusive agradecemos ao Alê por este texto: ABDO, Ale
>>>>>> xandre Hannud . Libertando a força do comum. Revista AREDE. Disponíve
>>>>>> l em *http://www.revista.arede.inf.br/site/edicao-n-91-maio-2013/5621-raitequi-libertando-a-forca-do-comum
>>>>>> <http://www.revista.arede.inf.br/site/edicao-n-91-maio-2013/5621-raitequi-libertando-a-forca-do-comum>*
>>>>>>  .
>>>>>>
>>>>>> Entendemos, assim, que teremos que trabalhar num processo de
>>>>>> formação, com o apoio de especialistas que nos ajudem a mostrar que as
>>>>>> licenças mais abertas (BY e BY-SA) fortalecem a cultura do comum.
>>>>>>
>>>>>> Gostaria muito de ouvir a opinião do grupo sobre a Declaração do
>>>>>> México: http://www.accesoabiertoalyc.org/declaracion-mexico-pt/
>>>>>>
>>>>>> Abraços,
>>>>>>
>>>>>> Tatiane
>>>>>>
>>>>>>
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