[Gastosabertos] Fwd: [okfn-br] ENC: Lúcido
Everton Zanella Alvarenga
tom em ok.org.br
Quinta Setembro 17 17:10:00 UTC 2015
---------- Forwarded message ----------
From: Adelia - Franceschini <adelia em fran6pesquisa.com.br>
Date: 2015-09-17 13:57 GMT-03:00
Subject: [okfn-br] ENC: Lúcido
To: "Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente
dados abertos // Open Knowledge discussion list for Brazil" <
okfn-br em lists.okfn.org>
Vejam que interessante!
[image: Assinatura_Adelia1]
*Fone: 4064-5467*
*De:* Paulo Guerra [mailto:pauloantonioguerra4 em gmail.com]
*Enviada em:* quarta-feira, 16 de setembro de 2015 17:49
*Para:* Campbell Guerra; Cristina Pose Guerra; Gabriel Pose Guerra; Manuela
Pose; Henrique Pose Guerra; Kemie Guerra; Andre Gustavo M. Guerra; Filipe
Troncon Guerra; Pedr HC Guerra; Russell Guerra; Kolmer Guerra; Sinclair
Mallet Guy Guerra
*Assunto:* Lúcido
· *POLÍTICA <http://tijolaco.com.br/blog/?cat=1511>*
· *8 <http://tijolaco.com.br/blog/?p=29586#comments>*
O problema do Brasil não é a despesa, é a receita. E o poder
POR FERNANDO BRITO <http://tijolaco.com.br/blog/?author=1> · 14/09/2015
[image: despesareceita] <http://tijolaco.com.br/blog/?attachment_id=29587>
O economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, é dos poucos que
usa os números da economia como elemento de raciocínio com mais peso que a
simples repetição do mantra “corta-corta” do neoliberalismo.
É elaborado por ele e publicado em seu* facebook*
<https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207503767181456&set=a.1696549342712.92181.1507203043&type=1&fref=nf>o
gráfico aí de cima, com a sua avaliação do que ele mostra: *” Vemos na
ponta que o que caiu foi a receita, não foi a despesa que subiu. Em tempo:
a despesa não cresceu segundo sua tendência. Isto sugere que o ajuste vai
ser no fim do dia no aumento de impostos.”*
O trabalho de Perfeito tem várias constatações que “batem de frente” com o
“diagnóstico” supérfluo que fazem de nossa economia e, sobretudo, de nossas
contas públicas.
Não houve “explosão” de despesas públicas, ao contrário. Nem por “excesso”
de programas sociais, nem por “gigantismo” de programas de investimento
público.
O insuspeito economista Mansueto de Almeida – integrante da equipe de Aécio
Neves na campanha eleitoral do ano passado (*sim, a campanha eleitoral foi
no ano passado, nem parece, não é?*) – apresenta, em seu blog
<https://mansueto.wordpress.com/2015/06/24/despesas-de-custeio-uma-boa-e-um-ma-noticia/>,
um resumo bem esclarecedor sobre como se distribuem as despesas de custeio
da União, excluídas as transferências constitucionais obrigatórias, com
dados acumulados de janeiro a maio deste ano: dos R$ 312 bilhões gastos,
“R$ 268,66 bilhões (88,88%) são despesas de cinco funções sociais:
assistência social (LOAS, Bolsa Família e Serviço Social de Proteção
Básica); Previdência (pública e INSS); Saúde, Trabalho (seguro desemprego
e abono salarial); e Educação”. Somando-se subsídios à atividade
econômica, desoneração das folhas de pagamento (redução de impostos,
portanto) e pagamento de sentenças judiciais, chega-se a 94,3% dos gastos.
É claro que em todos estes setores se pode fazer economia, racionalizações
e mesmo cortes.
Mas o gráfico elaborado por André Perfeito mostra que isso, embora deva ser
feito, é gota d´água.
Pior: além de um certo ponto, é veneno, porque faz cair a atividade
econômica e, com ela, a receita de impostos.
E, *da capo*, a mesma trágica sinfonia.
É por isso que ceder além de um certo ponto nas exigências – que são
políticas, não econômicas – de cortes pesados nas despesas públicas não é
uma concessão, é um suicídio.
[image: gdp] <http://tijolaco.com.br/blog/?attachment_id=29588>Conviver com
deficit, ao contrário do que se apregoa, não é mortal e é assim que o mundo
está vivendo, com muito maior expressão do que o 0,5% do PIB que está sendo
apresentado aqui como a “morte do Brasil”.
Hoje, ainda, o site de dados econômicos *The International Spectator *publica
notwitter <https://twitter.com/intlspectator?ref_src=twsrc%5Etfw>os dados
do deficit ou superávit de países selecionados. Você confere ao lado a
turma “gente boa” que tem deficits muito maiores.
Pode-se procurar em toda a imprensa mundial e não se encontrará – senão em
relação à Grécia, antes do acordo com a UE e o FMI – nenhuma gritaria
exigindo zero déficit ou o “queremos superavit” que campeia aqui.
Pela simples razão do que o que se busca aqui não é a recuperação da
economia, mas recuperar o poder.
Sem voto, claro.
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