[okfn-br] [thackday] Don Tapscott: Quatro princípios para o mundo aberto

[Diego Rabatone]

André, só tentando levantar algumas coisas dentre seus questionamentos.
Mesmo porque eu ainda não cheguei a conclusões mais "concretas" sobre a
questão do anonimato.

Idealmente, numa sociedade efetivamente justa, honesta, igualitária,
equânime, equipotente e etc, eu acho que o anonimato é algo que não deveria
existir.

Mas eu entendo perfeitamente a existência e a necessidade do anonimato numa
sociedade que não consegue garantir efetivamente os direitos e a igualdade
deles para todas as pessoas. Acho que numa sociedade na qual existe a
possibilidade (real) de se ter o Estado policiando (em benefício próprio e
daqueles que nele estão) a vida das pessoas, o anonimato é algo importante
sim.

Eu não acho que estou fazendo coisas erradas, mas não sinto segurança em
dar ao poder público o direito de saber tudo que eu faço e/ou deixo de
fazer. É só ver, por exemplo, o caso da USP que possuia/possui uma "central
de investigações" das atividades dos grupos de movimento estudantil e
sindical, isso de forma obscura e extra-oficial. Digno dos tempos áureos da
ditadura militar. Inclusive utilizando informações levantadas por essa
central para entrar com processos de "eliminação" (sic) de estudantes e
sindicalistas utilizando como respaldo jurídico um regimento disciplinar
criado em 1968 e não alterado desde então.

Ou, dando outro exemplo, eu não me sinto minimamente confortável em ter
meus "passos" nas mãos da polícia militar do Estado de São Paulo... não
confio minimamente nesta instituição (isso não significa que lá não tenham
pessoas corretas).

Abraços,

Diego


Em 31 de julho de 2012 13:38, erdnacarneiro <erdnacarneiro em bol.com.br>escreveu:

> Grato pela oportunidade...
>
>
>
> Rica essa palestra...
>
>
>
> Um tanto de coisa a examinar...
>
>
>
> Entendo que esses princípios (Colaboração, Transparência,
> Compartilhamento, Empoderamento) fazem parte da fundamentação do caminho
> que nos levará a uma sociedade em que a regra geral seja no mínimo a
> equidade (não falo nem da igualdade).
>
>
>
> A pergunta que me faço é se o caminho desta construção passa pela vivência
> da transparência na própria internet, criando-se mecanismos que permita a
> identificação dos usuários, evitando-se assim pedofilia, racismos,
> (incitar) violência etc., ou seja as pessoas se responsabilizando pelos seu
> atos.
>
>
>
> Na palestra Don Tapscott fala das instituições se "despindo", da
> importância dos "bons valores", da integridade, e afirma: "A Luz do Sol é o
> melhor dos desinfetantes!".
>
>
>
> Eu costumo dizer que "Viver sem vergonha é uma condição essencial da
> transparência!".
>
>
>
> Na essência a pergunta é: só as instituições necessitam se despir ou as
> pessoas também?
>
>
>
> Ou ainda, o outro lado da moeda: a essência do aberto é possibilitar o
> "anonimato"?
>
>
>
> E vamos que vamos... Examinando...
>
>
>
> Saúde e Paz!
>
>
>
> André Weinmann Carneiro
>
> (82) 9973-5068
>
> msn erdnacarneiro em hotmail.com
>
>
>
> massa Nitai!
>  obrigada por compartilhar.
>  já compreendemos um pouco como dar transparência, como compartilhar e
> até como colaborar ... vejo um grande desafio para pensarmos no
> empoderamento ...
>  Daniela
>
> Pra quem ainda não viu, nessa palestra Don Tapscott fala dos 4 princípios
>> do mundo aberto:
>> 1. Colaboração
>> 2. Transparência
>> 3. Compartilhamento
>> 4. Empoderamento
>>
>>
>> http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/don_tapscott_four_principles_for_the_open_world_1.html
>>
>> Bom proveito,
>> Nitai
>
>   --
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> Hacker"
> Para enviar uma mensagem a todo o grupo, escreva para
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