[okfn-br] Open Data in organizations that work to Open Data

Everton Zanella Alvarenga everton.alvarenga em okfn.org
Quarta Fevereiro 29 11:21:57 UTC 2012


Oi, Jorge. (I'll switch to Portuguese and at the end some suggestions
of internations OKFn lists to discuss that)

2012/2/28 Jorge Machado <machado em usp.br>:

> Our Research Group (GPOPAI) as well as other organizations of civil society
> that are taking a part of organization of National Conference on
> Transparency and Social Control have recently been asked about the opening
> of our data. We were caught by surprise. No organization wanted or could
> expose your data. In our case, as part of university, we could expose our
> funders and researchs... But the others were silent.
>
> In a quick search, I noticed that international organizations do not open
> your data. Would not this a contradiction?

De fato, já me deparei com essas contradições e é muito bom apontá-la.
Vou citar um exemplo que acho bastante didático. Até pouco tempo, a
organização não governamental Transparência Brasil, não mantinha um
discurso coerente com o trabalho que fazem. Muitos de seus dados
garimpados em sites governamentais ficavam em seu site de forma pouco
utilizável por terceiros e aparentemente não havia previsão para mudar
essa política.

Num recentemente debate sobre acesso à informação e transparência,
realizado na ESPM, após ótima apresentação do criador da Transparência
Brasil, questionei justamente isso que você falou, se as próprias
organizações não governamentais não deveriam fazer esse trabalho de
publicação de seus dados. Talvez para não contradizer sua própria
apresentação ou por ter se informado melhor, a resposta foi que,
idealmente, eles gostaria de fazer isso, mas não possuem recursos no
momento.

Como disse o Pedro na sequência dessa discussão, há algumas
organizações estudando como abrir seus dados, como o Ibase, e outras
que estão já estimulando ONGs a fazerem o mesmo e também
compartilharem suas informações. Mas isso está apenas no começo e há
muito trabalho pela frente. Nossa papel é importante, nesse sentido.

Sobre o mundo de contradições, alguns comentários. Recomendo a boa
apresentação, realizada na USP, O Conhecimento como Recurso
Estratégico Agregando Valor à Instituição, de Filipe Cassapo, FNQ
(Fundação Nacional de Qualidade)

http://youtu.be/jJts2iGTPS8

Pois veja, essa apresentação ocorreu dois anos após a criação do
sistema Stoa USP <http://stoa.usp.br/sobre>. Logo após a discussão,
questionei, logo após a excelente fala do professor (e quase reitor,
se o ex-governador não colocasse o menos votado) Glaucius Oliva [1],
justamente a dificuldade de sairmos da teoria para a prática.
Acabávamos de ver uma ótima apresentação sobre a importância desse
compartilhamento de informação, enquanto ao mesmo tempo, havia um
sistema alinhado com esse discurso rodando há anos na universidade em
que os organizadores desse evento, que discutiu o futuro da USP, nem
sequer ficaram sabendo, talvez nem sequer *pesquisaram*.

E as coisas não páram por aí, algum tempo (setembro de 2009) depois de
eu ter meu blog deletado desse sistema (abril de 2009) [2], houve uma
iniciativa nessa mesma universidade para as pessoas terem voz num
sistema de blogs, veja

http://blogdotom.wordpress.com/2009/09/29/usp-criar-portal-para-discutir-problemas-da-universidade/

Essa falta de troca de informação ou falta de pesquisa antes de
começarem algo é comum até na Universidade de São Paulo, o que acaba
resultando em coisas como isso daí. Prefere-se começar cada um o seu
próprio projeto, acreditando serem pioneiros, ao invés de juntarem
esforços com iniciativas análogas, algumas vezes por falta de
informação ou por não saberem, acredito eu, trabalharem
colaborativamente.

A própria remoção do meu blog, que muitos aqui sabem dela e isso não
foi resolvido até hoje, é uma contradição em si. A USP é uma
contradição em si. Gosto muito do texto do professor João Barata que,
na minha opinião, elucda bem sobre o fachadismo da USP

http://blogdotom.wordpress.com/2009/04/30/o-fachadismo-da-usp/

Precisamos, aos poucos, reduzir essas contradições. Precisamos
reportar, falar, expor, educar e agir, ou elas sempre continuarão
existindo. Ótimo tópico. Abraços,

Tom

[1] Vejam aqui os comentários dele e meus
http://www.youtube.com/watch?list=UUSaAY3W17opHjsEtsjC5MBw&v=qRrqjqMuUeo#t=669s

[2] http://blogdotom.wordpress.com/2009/04/29/sobre-meu-afastamento-do-stoa-por-causa-de-uma-brincadeira-de-1%C2%BA-de-abril-ate-a-exclusao-da-minha-conta/

* Listas para discussões internacionais da OKFn que talvez ache
interessados em compartilhar essas experiências:

- http://lists.okfn.org/mailman/listinfo/open-government (fluxo alto)
- http://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-discuss (fluxo médio)
- http://lists.okfn.org/mailman/listinfo/open-civil-society (fluxo baixo)

-- 
Everton Zanella Alvarenga (also Tom)
Open Knowledge Foundation Brasil




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