[okfn-br] Projeto vencedor de maratona hacker no Inep propõe ampliar conceito de qualidade da educação
Mateus Nobre
mateusfnobre em gmail.com
Quinta Abril 25 13:46:24 UTC 2013
Já temos ideia de quando isso vai começar a ser aplicado?
Em 24/04/2013 13:30, "Everton Zanella Alvarenga" <everton.alvarenga em okfn.org>
escreveu:
> Pessoal, vejam o texto que a Fernanda Campagnucci escreveu sobre o
> hackathon to INEP. :) Tom
>
>
> http://br.okfn.org/2013/04/24/projeto-vencedor-de-maratona-hacker-no-inep-propoe-ampliar-conceito-de-qualidade-da-educacao/
>
> *Desenvolvedor da OKFn e pesquisadores de organização parceira, Ação
> Educativa, integram a equipe*
>
> Está no ar o “Escola Que Queremos” (*www.escolaquequeremos.org*), projeto
> ganhador do 1º Hackathon de Dados Educacionais – concurso promovido pelo
> Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) que reuniu
> hackers, programadores e desenvolvedores em Brasília entre os dias 12 e 14
> de abril.
>
> Oito equipes participaram da iniciativa, selecionadas pelo Inep a partir
> da inscrição de projetos que utilizassem dados do SAEB – Sistema Nacional
> de Avaliação da Educação Básica – para a criação de aplicativos.
>
> O site foi desenvolvido em 36 horas seguidas de trabalho (veja abaixo
> detalhes dos participantes da equipe), a partir do cruzamento dos
> microdados do Censo Escolar e da Prova Brasil de 2011, inclusive os
> questionários socioeconômicos respondidos por estudantes, professores e
> diretores.
> [image: Vídeo tutorial] <https://www.youtube.com/watch?v=f0kpxo3D2Ow>
>
> Assista ao vídeo tutorial no YouTube para entender como funciona o Escola
> Que Queremos
>
> A ideia é que cada pessoa selecione, num painel de 14 indicadores,
> elementos que considere importante para avaliar a qualidade de uma escola,
> entre diferentes dimensões: ambiente físico, gestão democrática, insumos e
> condições de funcionamento, formação e condição de trabalho dos
> professores. O site também permite a comparação dos indicadores da escola
> com os do município, do estado e do país.
>
> “Partimos da constatação de que o debate sobre qualidade é pautado quase
> que exclusivamente pelo Ideb [que tem por base indicadores de desempenho
> dos alunos em Português e Matemática e taxa de aprovação], apesar da enorme
> quantidade de dados disponíveis hoje”, diz Fernanda Campagnucci, uma das
> integrantes da equipe e assessora da ONG Ação Educativa.
>
> Para Fernanda, a ampliação do conceito de qualidade é importante para a
> garantia do direito à educação. “Não basta ter a vaga, é preciso que ela
> seja de qualidade. Mas como as pessoas vão poder avaliar e reivindicar isso
> em suas escolas se não conhecerem as informações disponíveis?”, questiona.
>
> Nesta primeira versão, o aplicativo permite a busca de escolas que possuem
> ensino fundamental de primeiro ciclo – os dados da Prova Brasil são da 5ª
> série.
>
> *Mobilização*
>
> De posse das informações sobre sua escola, o usuário tem caminhos para
> entrar em ação, encaminhar denúncias e exigir a resolução de problemas com
> as autoridades responsáveis.
>
> “Quando o usuário do site ‘brinca’ de montar seu indicador, percebe que a
> nota do Ideb pode ser uma visão muito reduzida do que é qualidade e que um
> índice poderia comportar outras coisas. Esse é um grande debate no campo da
> educação, mas precisa estar acessível também à comunidade escolar, não só
> pesquisadores”, afirma Fernanda.
>
> Em uma próxima versão, o grupo pretende acrescentar à ferramenta a
> possibilidade de que estes e-mails sejam encaminhados de forma automática.
> [image: alt]
>
> Equipe: Adriano (à esq.), Vitor, Fernanda e Pedro (em pé); Luis participou
> da concepção do projeto, mas não pôde estar em Brasília. Foto: Estevon
> Nagumo.
>
> *Dados educacionais*
>
> Para a realização da maratona, o Inep estabeleceu um acordo de cooperação
> técnica com a Fundação Lemann, que ajudou o órgão a acelerar a consolidação
> de sua base de dados.
>
> Vitor Baptista, que trabalha com dados públicos e desenvolve aplicações
> com dados abertos na OKFn, avaliou positivamente o conjunto de dados
> disponibilizados. Foi a primeira vez que ele usou dados educacionais.
> “Apesar de ele ter algumas falhas, foi o melhor que já vi até agora”,
> afirma.
>
> Ainda assim, durante a maratona, a equipe do “Escola Que Queremos”
> precisou deixar de lado dimensões e indicadores que considerava
> importantes, mas sobre os quais não havia dados confiáveis disponíveis.
>
> É o caso do salário dos professores, que o grupo pretendia comparar com o
> Piso Salarial Nacional para o Magistério da Educação Básica. Os
> questionários preenchidos pelos docentes trazia um campo com o salário
> bruto, mas essa informação não pôde ser aproveitada para o cálculo do piso
> pela forma como as questões foram elaboradas.
>
> “Não havia clareza sobre bonificações ou descontos, por exemplo. E para
> fazer qualquer comparação salarial, seria necessário pegar o valor bruto
> declarado e dividir pelo total de horas semanais declaradas pelo
> funcionário, para tentar chegar a um valor médio de hora/aula. Como o
> professor precisa enquadrar sua carga horária em faixas genéricas – como
> ‘até 19 horas-aula’ e ‘mais de 40 horas aula’ -, torna-se virtualmente
> impossível tentar calcular uma média de hora-aula por professor sem
> incorrer em graves distorções”, explica Pedro Guimarães, um dos
> programadores da equipe.
>
> Já que o salário do professor é uma informação relevante para avaliar a
> qualidade da educação, Pedro sugere que este campo do questionário seja
> aprimorado. “Se o questionário permite que o funcionário escreva por
> extenso seu salário, por que não permitir também que escreva por extenso o
> número de horas-aula que trabalha por semana?”.
>
> *Código aberto*
>
> O “Escola Que Queremos” é um software que possui seu código registrado sob
> licenças livres na internet. A ferramenta está licenciada sob a GNU/AGPL,
> licença que torna o projeto livre e aberto a colaborações e uso por toda a
> sociedade. Isso significa que seu código pode ser replicado, modificado,
> reinstalado por qualquer pessoa e para qualquer fim, desde que citada a
> fonte.
>
> O código está disponível sobre a plataforma de controle de versão
> conhecida como Git, e o repositório gratuito pode ser acessado no GitHub<https://github.com/vitorbaptista/escola-que-queremos>,
> repositório este que reúne as informações sobre o software e seus
> códigos-fonte. Lá é possível também relatar problemas e sugerir melhorias,
> e desenvolvedores da comunidade do software livre já começam a inserir suas
> contribuições ao projeto.
>
> *Outros projetos do Hackathon*
>
> Os vencedores receberão, até 30 de abril, uma bolsa de R$ 5 mil para
> investir no desenvolvimento de seu produto. A equipe que ficou em segundo
> lugar (*Projeto “Padeb” <https://github.com/andreluism>*), receberá R$ 3
> mil e a que conquistou a terceira posição (Projeto* **“Busca Escola”)*,<http://www.buscaescola.org/> R$
> 2 mil. Conheça os outros projetos participantes: *Zoom<https://github.com/dataeduc/zoom>
> *; *Política do Futuro <http://www.politicadofuturo.com.br/>*;
> http://inep.envolva.org ; Valorize (projeto de valorização de professores
> , não foi concluído); e* EduQI <http://eduqi.org/>.*
>
> *A equipe*
>
> *Adriano Bonat*, 27 anos, de Porto Alegre, é graduado em Ciências da
> Computação pela Universidade Federal de Pelotas e desenvolvedor de software
> na empresa ThoughtWorks
>
> *Fernanda Campagnucci*, 27 anos, de São Paulo, é jornalista, editora do Observatório
> da Educação <http://www.observatoriodaeducacao.org.br/> da ONG Ação
> Educativa <http://www.acaoeducativa.org.br/> e mestranda em Educação na
> Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP)
>
> *Luis Felipe Serrao, *27 anos, é cientista social, assessor da ONG Ação
> Educativa <http://www.acaoeducativa.org.br/> e mestrando em Educação na
> FE-USP
>
> *Pedro Guimarães*, 27 anos, de João Pessoa (PB), é desenvolvedor de
> software no Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira do
> PNUMA/MCTI no Laboratório Nacional de Computação Científica, integrante do
> Circuito Fora do Eixo e entusiasta do Software Livre.
>
> *Vitor Baptista*, 27 anos, de João Pessoa (PB), é desenvolvedor de
> software e trabalha com dados abertos e transparência pública para a Open
> Knowledge Foundation (OKFn) <http://br.okfn.org/>
>
> --
> Everton Zanella Alvarenga (also Tom)
> OKFN Brasil - Rede pelo Conhecimento Livre
> http://br.okfn.org
>
> _______________________________________________
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> Unsubscribe: http://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br
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