[okfn-br] [thackday] Para onde vai seu dinheiro e ranking dos políticos
Pedro Markun
pedro em esfera.mobi
Sábado Março 2 12:32:00 UTC 2013
'pequeno'? :)
estou de saida, mas tomo a liberdade de copiar aqui o que o Sérgio Storch
escreveu no Facebook de uma amiga e acho que são boas reflexões:
"Gabi, legal poder comentar pela primeira vez na sua linha do tempo. Acho o
vídeo bem feito, e acho o ranking de políticos uma grande ideia. Mas se for
só isso, deseduca, pois aponta somente para os políticos. Vejo 5 falácias,
que nos cabe o trabalho paciente de equilibrar:
1. "o dinheiro vai para o governo". Não conta que uma boa parte retorna
para os aposentados. Não conta que outra boa parte retorna para o lucro de
empresas que ganham contratos do governo. Seria legal um ranking das
empresas que ganham esses contratos, e saber as conexões entre elas e cada
um dos políticos, para separar o joio do trigo.
2. Não conta que esse mecanismo, e mais alguns, como os financiamentos do
BNDES, transferem renda para os mais ricos em 3 ou 4 vezes mais do que a
transferência para os mais pobres via bolsa família etc. Como? Empobrecendo
a classe média, especialmente os setores mais frágeis (ainda): professores
etc.
3. é meio imbecilizante, embora nem tanto quanto palhaçadas como o
impostômetro, que fazem sensacionalismo em cima de bobagem. Trata a
participação política de forma reducionista, como se o voto fosse a única,
ou mais importante, forma de participação política. A educação política
para a participação não é nem sequer tangenciada no vídeo.
4. não fala nadica sobre para onde vai o gasto público, e cria a percepção
míope de que quaisquer gastos públicos têm que ser reduzidos. Nada de
aumentos para professores, médicos, policiais etc.
5. Não fala do serviço público como a forma mais importante de distribuição
de renda, sem questionar por que temos que pagar escola particular,
convênios de saúde, e entupir as ruas com carros porque o transporte
público é ruim. O vídeo provoca uma indignação desproporcional em relação
aos políticos, e posterga para um ranking frio e técnico o conhecimento
sobre eventuais bons políticos.
Ou seja, despolitiza. Bem feitinho, mas arghhhh!
Oxalá o ranking dê certo, mas não tem méritos para ser um instrumento de
educação para a cidadania. É uma coisa a mais, e é legal por isso. De
resto, há muito mais por ser feito.
Enfim, é clichê, é neoliberal, e precisa ser tomado com antídotos contra
efeitos colaterais. Talvez ser usado e dissecado na hora com a análise do
discurso, para revelar as outras partes da verdade. E também levar a pensar
quem ganha com essa visão parcial da verdade."
---
(E a resposta de um outro amigo, Rafael Fox, que acredita no liberalismo
economico)
Concordo com o Sergio que despolitiza. Ir pra rua é essencial.
1) Concordo que deixa alguns pontos importantes. O dinheiro para
aposentadorias é um exemplo. Mas não acho que os pontos que ficaram de
foram derrubam ou contrariam o argumento central.
Sobre empresas que ganham os contratos e lucram com isso. Bem, isso se
encaixa em corrupção, no meu dicionário. De qualquer forma, o ponto, se
tivesse sido falado, iria concordar com o ponto central do vídeo.
2) Concordo. E de novo, se contasse, ia concordar com o ponto central do
vídeo.
3) Qual parte é imbecilizante? Que parte do impostômetro é bobagem? Eu
pagar mais da metade do meu salário para um governo incompetente é bobagem?
4) Você tem razão, cria essa impressão. É um dos temas do vídeo: diminuição
dos gastos públicos.
Em que áreas? Posso discordar dos autores, mas se seguirem a carteira do
libertarianismo, educação pública e saúde pública deveriam ser cortadas. (e
trocadas por um sistema de vouchers)
5) Ponto absurdo: "Não fala do serviço público como a forma mais importante
de distribuição de renda,". Essa frase é tão absurda, que eu acho que
entendi errado. Eu discordo que distribua qualquer renda, quanto mais ser a
forma mais importante!
E a frase termina com uma vírgula, insinuando que a frase em seguida, que é
a mais pura verdade, tem de emprestar a sua credibilidade à frase anterior!
Simm, claro que é um absurdo pagarmos particular E pública, Convênios de
saúde E saúde pública. Carros E subsídios.
O ponto final, sobre indignação, confesso que não entendi.
Final:
A) Ser clichê: Clichê não é restrito às artes? Uma boa idéia, como...
acabar com a pena de morte, por exemplo, não pode ser dita muitas vezes
pois pode-se cair em "clichê"?
É neoliberal: Não, é liberalista. O neoliberalismo adora um gasto
governamental com as "empresas certas".
2013/3/2 Everton Zanella Alvarenga <everton.alvarenga em okfn.org>
> Videozinho instrutivo, apesar do pequeno erro conceitual de que votar
> é suficiente:
>
> http://youtu.be/8lXla2IHqYE
>
> Ainda não consegui analisar se o ranking dos políticos de quem fez o
> vídeo tem um bom algoritmo
>
> http://www.politicos.org.br/
>
> Opiniões?
>
> Tom
>
> --
> Everton Zanella Alvarenga (also Tom)
> OKFN Brasil - Rede pelo Conhecimento Livre
> http://br.okfn.org
>
> --
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