[okfn-br] Say NO to DRM in HTML5!

Everton Zanella Alvarenga everton.alvarenga em okfn.org
Sexta Maio 17 20:33:12 UTC 2013


Streaming to painel agora:

http://www2013.org/streaming-portuguese-low-definition/

(Via Yaso)


Em 16 de maio de 2013 14:59, Rafael Pezzi <rafael.pezzi em ufrgs.br> escreveu:

> Também vou levantar outro ponto contra o DRM no HTML5.
>
> Como citado anteriormente, o DRM foi criado para manter um modelo de
> negócio específico de um setor da indústria.
>
> Caso o DRM seja definido no HTML5, todos os desenvolvedores que forem
> implementar o padrão em algum projeto terão que fazer um esforço
> adicional para tornar o seu projeto compatível com o DRM e isso
> significa que estarão trabalhando de graça para aqueles que precisam de
> DRM, que por sua vez não precisam contratar ninguém para fazer plugins e
> software-clientes para que vendam seus produtos.
>
> Na prática, pode acontecer de muitos se recusarem a implementar esta
> porção da especificação em suas soluções, como alguém sugeriu aqui nesta
> lista e iria acabar surgindo uma série de soluções não completamente
> compatíveis com HTML5.
>
> Rafael
>
>
>
> Em 13-05-2013 12:19, Felipe Sanches escreveu:
> > Existem, entretanto, outras razões para se refutar o DRM (dentro ou
> > fora do HTML5).
> >
> > Uma razão menos legalista que a exposta no meu email anterior a este,
> > mas não por isso menos válida, é o fato de que para serem efetivos os
> > mecanismos de DRM pressupõem implementações proprietárias. Explico:
> >
> > Um software possui "features" (em português, "funcionalidades").
> > Features são coisas benéficas para os usuários do software, coisas que
> > fazem o software ser melhor do que era antes das features serem
> > introduzidas por uma nova versão.
> >
> > Mecanismos de DRM são features de um software, do ponto de vista do
> > detentor dos direitos autorais de uma obra restrita pelo DRM. Por que
> > servem o propósito do detentor. Entretanto, mecanismos de DRM são uma
> > "anti-feature" (ou "desfuncionalidade") do ponto de vista do usuário
> > final. Por que quando um usuário quer fazer algo e o mecanismo de DRM
> > o impede de fazer, obviamente há um sentimento de frustração, dado que
> > o software não atende às expectativas do usuário. O software seria
> > considerado melhor para o usuário se ele não tivesse essas
> > características introduzidas pela "anti-feature" de DRM.
> >
> > Uma das grandes importâncias do movimento do software livre para a
> > sociedade é justamente a realização da idéia de que o usuário deve ter
> > a palavra final sobre o funcionamento dos softwares que ele utiliza.
> > Ou seja, se o usuário está descontente com alguma característica de um
> > programa, ele **tem que ter** o direito de poder alterar o programa de
> > modo que passe a atender suas expectativas. Seja por meio de
> > intervenção direta no código fonte livre (caso o usuário seja um
> > programador) ou seja por meio da ajuda um amigo que tenha o
> > conhecimento técnico para tal, ou até mesmo por meio da contratação de
> > um programador profissional que lhe preste o serviço de customização
> > do software em questão. De todo modo, a idéia central do sw livre é
> > que adaptar o sw deve necessariamente ser possível de alguma forma,
> > para que o usuário não seja refém de restrições impostas
> > (intencionalmente ou por acidente) pelo programador original do sw.
> >
> > Sendo assim, se um mecanismo de DRM for implementado em software livre
> > (ou seja, software que respeita os usuários), o usuário pode
> > simplesmente remover a desfuncionalidade em questão e, se for um cara
> > legal, até mesmo compartilhar com o mundo a versão sem DRM do
> > programa. Portanto, para DRM funcionar de forma efetiva, pressupoe-se
> > que será implementado como software proprietário, de modo a
> > impossíbilitar sua remoção. E, com isso, não só a característica de
> > DRM, mas todas as características do software passam a estar cravadas
> > na pedra e o usuário está mais uma vez preso de mãos atadas.
> >
> > Felipe Sanches
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