[okfn-br] Dá-lhe mais uma hackatona!

José Police Neto policeneto em gmail.com
Domingo Abril 6 18:13:38 UTC 2014


Muuuuito bacana!
Em 06/04/2014 15:04, "Álvaro Justen [Turicas]" <alvarojusten em gmail.com>
escreveu:

> 2014-04-06 12:56 GMT-03:00 Everton Zanella Alvarenga <tom em okfn.org.br>:
> > Oi Álvaro e todos,
>
> Tom, obrigado pela resposta detalhada! Minhas respostas seguem
> entre-linhas.
>
> > sobre a OKBr, somos uma organização em construção, portanto levantamentos
> > como os seus são importantes. Até mesmo antes de fundarmos a associação,
> eu
> > já pensei em formas de financiamento como o que propõe, mas espero que
> com a
> > associação formalizada, facilitará conseguirmos algo nesse sentido,
> > principalmente se conseguirmos virar formalmente uma organização da
> > sociedade civil de interesse público (OSCIP). Uma organizaçào da
> sociedade
> > civil já somos, agora precisamos mostrar que há um interesse público -
> pelos
> > nossos objetivos <http://br.okfn.org/estatuto>, há, mas precisamos
> mostrar
> > mais isso na prática. O formato da associação foi pensado junto ao
> instituto
> > Pro Bono com esse objetivo, o se tornar-se uma OSCIP.
>
> Legal! Não sabia que era esse o objetivo. Acredito que sendo OSCIP
> seja bem mais fácil conseguir patrocínios de empresas de lucro real.
>
>
> > Sobre financiamento dos aplicativos com dinheiro público, acho bastante
> > pertinente a proposta. Quando organizamos a hackatona na Câmara
> Municipal de
> > São Paulo (CMSP), uma das coisas que eu sugeri ao então presidente da
> câmara
> > José Police Neto, que apoiou o evento, junto com o Eduardo Miyashiro,
> então
> > coordenador de TI da CMSP, foi o de providenciarmos hosting para os
> > aplicativos durante e após a competição.
> >
> > Eu e o Eduardo procuramos alguns financiadores, mas a única coisa que
> > conseguimos foi o prêmio de R$ 10000 do banco Itaú e alguns brindes - na
> > realidade, quem conseguiu foi o Police. Eu preferia prêmios não
> monetários,
> > como hospedagem e suporte para manter os aplicativos, assim como uma
> viagem
> > para participarem da Open Knowledge Festival naquele ano. Mas para uma
> > primeira parceria com um órgão público de uma iniciativa da sociedade
> civil
> > organizada, acho que estava de bom tamanho o prêmio. Tanto que ano
> passado
> > um dos vencedores, o Felipe Bergamo, participou ano passado da OKCon, em
> > Genebra, também financiado pelo banco Itaú (@Gui, acho que merece
> pensarmos
> > num post sobre isso ou adicionar essa info no que estamos pensando ; )
>
> Muito bom. :-) Será que o Itaú teria algum tipo de interesse em
> colaborar frequentamente? Mensalmente, trimestralmente...
> Uma outra possibilidade, é com associações. Já fiz parte da diretoria
> da Associação Python Brasil[http://associacao.python.org.br/] e nela
> as fontes de lucro são 3, basicamente:
>
> - Valor da associação pago anualmente pelos associados - no nosso
> caso, temos apenas para pessoas físicas, mas acho que seria legal ter
> para pessoa jurídica também;
> - Lucro (se houvesse) da conferência nacional anual da linguagem, a
> PythonBrasil[http://www.pythonbrasil.org.br/];
> - Doações de empresas ou indivíduos.
>
> > Após voltar da conferência em Genebra, o Police Neto me chamou para uma
> > conversa para pensarmos em formas de termos um Portal de Dados Abertos
> > mantido pela sociedade civil. Ele mencionou uma lei criada por ele em
> 2008
> > que criava um fundo a partir do ISS das empresas de TI. Tenho que voltar
> a
> > ver isso. Chamei o pessoal da CGM SP para uma conversa, mostrou-se
> > interesse, mas no final ninguém deu continuidade (paras essas coisas
> darem
> > certo, é sempre preciso alguém que fique em cima ;). Vou tentar retormar
> em
> > breve e posso criar um e-mail com detalhes sobre esse fundo para
> > compartilhar aqui.
>
> Opa, nessa entra um projeto pessoal que estou desenvolvendo:
> http://brasil.io/ :-)
> Ainda está bem no começo, mas vários já se interessaram. Farei uma
> apresentação sobre ele no FISL desse ano, onde teremos a primeira
> versão lançada.
> Talvez possamos unir esforços nesse sentido...
>
> > Sobre participarmos de editais, acho ótimo. Talvez podemos colocar todos
> que
> > podem ser de nosso interesse num pad e quando alguém descobrir um
> atualiza e
> > manda aqui para a lista? Como pretendemos funcionar como uma organização
> > plataforma, precisamos escrever isso melhor em nossa página para que
> outras
> > pessoas possam propor projetos que queria fazer via OKFBr.
>
> Infelizmente, para a maioria dos editais, é necessário ter professores
> doutores ligados a instituições de pesquisa assinando as propostas aos
> editais. Mas talvez dê para conseguir também editais que não tenham
> essa necessidade (ou encontrar possíveis professores-parceiros em
> universidades).
>
>
> > E espero podermos criar uma campanha no médio prazo no estilo da da
> > Wikimedia Foundation. Estou lendo o livro "Mais dinheiro para sua
> causa", do
> > Daniela Kelley, e há algumas dicas sobre isso. Mas temos passos
> anteriores a
> > serem dados.
>
> Antes de uma campanha maior, uma coisa que é fácil de implementar é
> ter um botão para doações voluntárias (que pode ser implementado
> usando PayPal, PagSeguro ou mesmo o GitTip[http://gittip.com/]).
> Poderia ter isso no site (no cantinho) e também explicitar em todas as
> ações (hacktons, posts no blog etc.) que a organização é aberta a
> doações.
>
> > Já a brincadeira sobre o capitalismo, nesse meu engatinhamento pelo
> terceiro
> > setor brasuca, acho que o problema é mais embaixo. O que vejo de
> desencontro
> > de informação até mesmo entre alguns peritos não é brincadeira. E se
> comparo
> > o nível de algumas discussões sobre organizações da sociedade civil
> > americanas, européias e as nossas, parece que ainda temos um longo
> caminho
> > pela frente. Pois veja, em 2009 eu já chamava a atenção, num debate com o
> > Milton Jung, Vagner Diniz e Soninha, para algumas coisas ocorrendo nos
> EUA e
> > Europa (hackathons, Sunlight Foundation (EUA), My Society (Inglaterra)
> > etc.). Quanto tempo demorou para termos alguma coisa mais organizada
> nesse
> > sentido?
> >
> > Por fim, lembro de ter visto uma aula do Alexandre Abdo onde ele dizia
> algo
> > como o objetivo de algumas ONGs seria deixarem de existir, quando algumas
> > estão fazendo o papel do Estado (@Abdo, se ler isso aqui e puder explicar
> > com mais detalhes e referências, seria legal). E isso é  pouco
> compreendido
> > pelo perfil das pessoas chamadas de forma um tanto pejorativa de
> "ongueiras"
> > - ONG, estou sentido agora, tem uma conotação muito ruim no Brasil,
> talvez
> > pela falta de transparência e corrupção disseminada nos mais diversos
> > setores, daí a descrença.
>
> Uma outra abordagem - diferente das ONGs que vivem somente de
> patrocínio - é utilizar o conceito de negócio social definido, por
> Muhammad Yunus[https://pt.wikipedia.org/wiki/Neg%C3%B3cio_Social],
> onde a OKFN-BR poderia ter produtos/serviços que são vendidos a
> instituições (exemplo: relatórios personalizados, feitos usando dados
> abertos) e o lucro desses produtos seria usado para manter toda (ou
> parte da) estrutura da organização.
>
> > Abraços,
>
> []s
>  Álvaro Justen "Turicas"
>    http://turicas.info/ http://twitter.com/turicas
>    http://CursoDeArduino.com.br/ http://github.com/turicas
>    +55 21 9 9898-0141
>
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