[okfn-br] Falta de infraestrutura para inovar torna Brasil o país da inovação zero

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Sexta Novembro 21 15:03:10 UTC 2014


Tom,


procurei e não achei na lei… não sei a origem, mas estão nos contratos de concessão dos blocos leiloados após esta lei, inclusive este da partilha do campo de Libra. 1% do total do faturamento bruto para pesquisas. 


Uma vez fiz a conta para Libra, no pico de produção, com petróleo a 100 dólares o barril, são aproximadamente 1-2 milhões de reais por dia para faculdades de segunda a domingo. 


Investimentos (dinheiro) em pesquisas são feitos, mas como são fiscalizados? Como são orientados? Por que fazer pesquisa? Existem metas mensuráveis? Como é a burocracia?


Será que a proposta de Ciência Aberta ajudará orientar melhores resultados?


O contrato diz que se não investir o dinheiro do ano, precisa investi-lo no ano seguinte com 30% de multa acrescida. A multa é pesada, logo o dinheiro irá correr de algum jeito.


Coloco estes argumentos para mudar o foco de sua questão. Não falta infraestrutura para quem quer trabalhar.



A ordem de grandeza dos investimentos hoje movidos por esta lei já são desta ordem de grandeza. Como multiplicar isso? Talvez a própria estrutura pode não dar conta.


Teve audiência pública recente para uma reformulação da burocaria e orientação da verba. A proposta do governo não agradou faculdades, empresas de petróleo e nem as associações das industrias. Como pode uma proposta não agradar ninguém?


Se procurar achará as notícias.


Sds,

Leandro




Enviado do Email do Windows





De: Everton Zanella Alvarenga
Enviado: ‎sexta-feira‎, ‎21‎ de ‎novembro‎ de ‎2014 ‎11‎:‎12
Para: Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos // Open Knowledge discussion list for Brazil








Diogo e Leandro, obrigado pelos interessantes comentários.


Diogo, legal saber esses exemplos, mas ainda acho que são tímidos. Espero que tenhamos políticas públicas no nível nacional para ampliar isso.

Seu comentário me fez lembrar duas coisas que observei na minha graduação. Das várias horas que passei na biblioteca do instituto de física, me surpreendia o número de vagas de empregos para físicos nas revistas americanas e europeias. Nada comparado ao que vemos no Brasil. E o contraste foi maior quando comecei a ir nas minhas primeiras entrevistas de emprego. Lembro claramente de uma dupla num banco em entrevistando e fazendo aquela cara e comentários que física só servia para pesquisa e que meu currículo na época era muito acadêmico (era algum emprego desses que quem sabe ler e escrever consegue executar as tarefas e ganhar um salário de classe média, nada muito desafiador, confesso que hoje estou feliz não terem aceito, mesmo na época precisando dos fins.)


Sobre a lei do Petróleo, não conhecia, parece interessante. É essa aqui que achei na Wikipédia, Lei do Petróleo? (diz que é de 1997) Queria ver melhor como é executada e se esses repasses funcionam. 



Há uns 10 anos lembro ter lido alguma matéria que mostrava que muito menos do que é previsto por lei era repassado para as agências de fomento à pesquisa estaduais, a exceção mais próxima do previsto por lei sendo São Paulo via FAPESP, que me parece hoje ser uma das mais ricas e produtivas (também por causa da situação econômica do estado).



Mesmo que não vá todo dinheiro, pouca coisa vai mudar se não houver mudanças culturais profundas, como essa cultura empreendedora nas universidades. Eu gostaria de saber quais políticas públicas poderiam catalisar esse processo.




Tom
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