[okfn-br] Sobre a "quase" implosão do projeto Gastos Abertos

machado em usp.br machado em usp.br
Quarta Junho 3 11:24:45 UTC 2015


Olá, 

Não me parece que com desqualificações pessoais se consegue convencer pessoas. Deveríamos debater ideias, concepções e ter em vistas as normas pactuadas para superar conflitos. 

Trabalho com a Gisele há dez anos e posso certificar que ela é exatamente o contrário do descrito na mensagem: uma pessoa competente, séria, aberta, franca e excelente professora e pesquisadora. O trabalho dela na OKBr conta muito pouco para ela na carreira acadêmica - para a CAPES e USP não conta nada. Ela faz isso por que realmente acredita. Se o fracasso dos Gastos Abertos a prejudica, com certeza não é pela carreira, mas como ativista da abertura dos dados abertos, com os financiadores da própria OKBr. Isso prejudica o trabalho que ela faz na linha de frente pela organização. 

Feita provavelmente no calor da emoção, a mensagem foi extremamente grosseira com uma pessoa que tem um trabalho muito importante e de LONGO TEMPO pelos movimentos "open". Em minha opinião, ela merece um pedido de desculpas. 

Jorge 

----- Mensagem original -----

> De: "Edgar Zanella Alvarenga" <edgar em ymonad.com>
> Para: "Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil,
> especialmente dados abertos" <okfn-br em lists.okfn.org>
> Enviadas: Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 0:59:37
> Assunto: [okfn-br] Sobre a "quase" implosão do projeto Gastos Abertos

> Não vou entrar na discussão sobre modelo organizacional e decisório
> que aparentemente todo mundo está disposto a discutir. Não sei o que
> discutiram no retreat, nem o que foi definido e sinceramente, não
> tenho vontade de saber neste momento. Meus problemas resumem-se ao
> projeto Gastos Abertos que é um dos projetos que estava participando
> de perto.

> Por isso vou comentar um trecho do email do Oda:

> > O GA, nosso maior projeto e que envolve mais a OKBR quase implodiu
> > por
> 
> > descuido do gestor anterior, coincidentemente, nosso DE.
> 

> O que exatamente você quer dizer com "quase implodiu"? Esse tipo de
> comentário é extremamente leviano se não dar o mínimo de contexto ou
> métrica a qual está avaliando. Algum prazo que não foi cumprido? Os
> resultados e trabalhos realizados até o momento não foram
> satisfatórios? Se não foram, por quê? Perguntas objetivas, respostas
> objetivas. Sem achismos, sem desvios quanto ao que estou
> perguntando. Me aponte o que era esperado, onde estão os prazos e
> mostre o que não foi alcançado.

> Eu trabalhei em diversos projetos da okfn-br, Mosaico Orçamentário,
> VaiMudar, EuVoto, MIRA, Dialogando, Queremos Saber, e até hoje nunca
> vi um projeto que sofresse tamanha análise "minuciosa/rigorosa" como
> o Gastos Abertos.

> Todos os outros projetos ou as opiões por parte da famosa
> "comunidade" foram inexistentes, ou com comentários pontuais. E
> argumentar que o projeto Gastos Abertos merece um acompanhamento
> mais de perto por ser um projeto do Google ou ter uma orçamento
> maior que o resto vai levantar mais questões.

> Quem quiser se contextualizar sobre em que pé o projeto Gastos
> Abertos se encontrava antes de ter ocorrido o "boicote" (sim
> boicote, mais sobre isso em breve), existe:

> * O vídeo do Andres:

> https://devcolab.each.usp.br/owncloud/public.php?service=files&t=d6a461b3050aabd1cb468796c666351b

> * Resumo do que foi alcançado até o momento:

> https://github.com/okfn-brasil/documents/blob/master/gastos_abertos/gastos_abertos_historico.md

> * Esboço do plano de trabalho do projeto:

> https://github.com/okfn-brasil/documents/blob/master/gastos_abertos/gastos_abertos.md

> Ou vejam as discussões que passaram pela lista do Gastos Abertos Dev
> como:

> * [Gastosabertos-dev] O que focar?
> https://lists.okfn.org/pipermail/gastosabertos-dev/2015-March/000167.html

> Esse último email foi enviado no dia 24 de Março e tudo que foi
> proposto para
> ser discutido aí simplesmente morreu, não existiu feedback fora o dos
> desenvolvedores.
> E eu sugeri para que a "zeladora" do projeto, Gisele da Silva
> Craveiro, lesse esse email
> e opinasse e a resposta dela foi nula, como esperado de uma parasita
> organizacional (ou carreirista).

> Sim, aqui eu chego na questão que me acompanha a tempos e que
> provavelmente não
> vou obter nenhuma resposta objetiva nesta lista.

> A Gisele da Silva Craveiro claramente boicotou o projeto, claramente
> com todos seus
> movimentos políticos conseguiu convencer diversas pessoas que o
> projeto estava indo
> pro buraco, correndo todo tipo de risco e que isso poderia prejudicar
> a imagem dela.
> Aliás, ela explícitamente falou isso em uma da reuniões (Jonaya
> presente, com certeza
> não esqueceu): "o que me preocupa com esse projeto é o meu nome,
> falei pra muita gente
> X e Y e não quero sujar meu nome".

> Mas qual imagem é essa senhora Gisele? Qual imagem é essa que tanto
> tenta preservar?
> Você é pra mim um símbolo dos maiores problemas que existe no
> terceiro setor e nas
> instituições públicas do Brasil. Criaturas incompetentes mas que
> paradoxalmente conseguem continuar a existir.

> Alguém que é formado em Ciências da Computação mas demonstrou em
> inúmeras situações simplesmente desconhecer o mínimo esperado da
> área (se alguém duvida, veja o currículo Lattes da "exímia"
> pesquisador, ou simplesmente analise a tecnologia utilizado no
> projeto Cuidando do Meu Bairro. Como alguém deixou um aluno tão
> desamparado a ponto de não questionar minimamente as escolhas
> tecnológicas feitas? E não! Não estou falando de detalhes
> insignificantes, escolha de linguagem ou frameworks, estou falando
> de escolhas tecnológicas fundamentalmente erradas. Quer saber mais?
> Eu posso explicar, nas não vou entrar neste email em detalhes
> técnicos).

> Alguém que participa de um projeto tecnológico e simplesmente até o
> momento não conseguiu agregar em nada com seu suposto conhecimento
> na área, pelo menos o conhecimento esperado de alguém que
> surpreendentemente possui um cargo que exigiria isso. Alguém que não
> consegue responder às perguntas mais básicas como "se fizermos uma
> API com esses dados de execução orçamentária, você pode vir a
> utilizar no seu projeto"?

> E alguns que chegaram até aqui devem estar pensando que isto é uma
> acusação, um ataque baixo ad hominen. Mas sei que muitos que estão
> aqui compartilham dessa opinião. Cansei de ouvir pessoas comentarem
> a mesma coisa que estou falando aqui, mas nunca ouvi um comentário
> público. Aqui surge mais uma dúvida, como alguém tão claramente
> incompetente consegue se safar de uma crítica mais rigorosa? Como
> consegue convencer as outras pessoas de que projeto tecnológico está
> com problemas? Como alguém ouve a opinião de um qualquer numa área a
> qual essa pessoa claramente não possui o menor domínio?

> Acho que aqui o Brasil é um habitat natural para essas criaturas a
> qual eu denomino parasitas organizacionais, pessoas incompetentes e
> inseguras que utilizam-se puramente de política e manipulações do
> sistema para continuarem a existir. Mas uma coisa eu tenho certeza,
> esses parasitas sabem o que são, sabem que estão em cargos errados e
> talvez por isso mesmo lutem com tanta força e de forma tão vil para
> manterem-se no poder. Pois no final talvez isso seja a única coisa
> que elas sabem, que no Brasil não é necessário mérito, não é
> necessário sabedoria, é necessário saber jogar e manipular.

> É Gisele... só tenho pena dos seus alunos, dos que infelizmente
> cairem sobre sua orientação.

> E.
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