[okfn-br] Fim do texto em duas colunas nas publicações científicas! e uma nova cultua despontando
Andres MRM
andres em inventati.org
Domingo Junho 7 14:08:19 UTC 2015
Bacana a mudança, Peter. E não acho que ficou mais "feinho" não. =)
Só uma correção: quem citou o texto do analógico vs digital foi o Raniere e
não eu. =P
Abs!
Quoting Peter Krauss (2015-06-04 09:46:56)
> Sinopse: dados abertos e conhecimento aberto científicos irão se beneficiar da
> redução de custos e da maior proximidade entre publicações XML, PDF e EPUB.
>
> - - - -
>
> Comecemos pelo exemplo: compare o PDF de dois artigos aleatórios da revista
> PlosONE, um recente de 2015 outro de 2014 ou antes,
> PDF PlosONE de 2015;
> PDF PlosONE de 2014.
>
> Surpresa? O de 2015 está mais "feinho"! Involução? Falha no sistema?
>
> Não é falha... Explico, dentro de uma perspectiva histórica e tentando encaixar
> o Brasil nesse contexto.
>
> Em 2011 lançamos uma "profecia patriótica", de que o processo produtivo das
> revistas científicas seria mais eficiente e muito mais barato,
> http://www.datagramazero.org.br/out11/Ind_com.htm
> a eficiência vem sendo lentamente conquistada nas revistas brasileiras pela
> iniciativa do SciELO de adotar o XML como "dual" do PDF, desde 2013
> http://blog.scielo.org/blog/2014/04/04/xml-porque/
> mas o custo não: ainda hoje a diagramação de artigos científicos nas revistas
> brasileiras segue o modelo produtivo artesanal tradicional, os retoques e
> revisões são impostos por uma cultura de "fazer bonito no papel".
> A exigência dos autores e editores brasileiros em revisar a prova tipográfica,
> e não levarem a sério e se restringirem à revisão do conteúdo antes dessa prova
> , tem um custo financeiro altíssimo. O tal do processo XML-Publishing só vai
> ser significativamente mais econômico se não houver intervenção humana nem
> loops de revisão...
> Essa cultura tem sido a maior barreira à profecia de 2011.
>
> Isso não ocorre apenas no Brasil, mas em revistas onde autores e editores
> mantém no subconsciente, como modelo, as suas Rolls-Royces (ex. Nature)... É
> como um indústria de carros 1.0 querendo imitar o design tradicional de alto
> luxo, a um custo de dois carros... Injustificável para as revistas, inclusive
> de alto impacto, que praticamente não publicam mais em papel.
>
> O que mudou agora em 2015??
>
> Maior revista científica do mundo, e OpenAccess de maior impacto, a PLOS ONE,
> depois de "engolir" durante anos que os autores pagavam muito caro para estar
> na revista, decidiu iniciar a sua cruzada contra a cultura irracional da
> revisão da prova tipográfica. O contrato do autor com a revista é em torno do
> conteúdo (do XML!), não da sua visualização no papel.
>
> Na Web esse dilema do "PDF feinho" é também rotulado de "dilema do fluid vs
> rigid", já citado aqui na Lista pelo Andrés,
> http://clintlalonde.net/2015/05/02/are-you-analog-or-digital/
>
> O que ocorreu na PlosONE, de qualquer forma, não foi uma decisão de design, mas
> uma decisão de processo produtivo.
> ...
> As revistas científicas ainda não podem "aposentar o PDF" pelo mesmo motivo que
> os Diários Oficiais: o PDF é que tem valor de registro oficial. Isso vai levar
> um tempo, mas o PDF de uma coluna não só é mais barato de produzir, como também
> mais barato (custo de raspagem de dados) de comparar e demonstrar que está
> contido no XML.
> ...
> Agora o subconsciente dos autores e editores científicos brasileiros já tem
> para onde olhar... Que tal iniciar uma campanha nas universidades brasileiras?
> POR FAVOR SONHEM EM SER UMA PLOS ONE!
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