[okfn-br] [sugestão de pauta] descrição dos cargos de coordenador e zelador de projetos

Alexandre Hannud Abdo abdo em member.fsf.org
Segunda Junho 29 22:59:38 UTC 2015


Ni! Oi Nat,

Quando quiser bater um papo em outro horário é só me procurar.

Me parece que você adotou uma visão bastante extrema do que foi proposto,
quando diz "a comunidade tenha que participar e votar sobre tudo o tempo
todo".

Não creio que se propôs isso, e talvez você pudesse rever este meu email:

https://lists.okfn.org/pipermail/okfn-br/2015-June/006351.html

A OKBR pauta-se pela autonomia dos projetos, fazercracia das iniciativas, e
construção por consenso.

Assim, se você pensar concretamente na frequência e natureza das decisões
que de fato ocorrem no nível da associação, verá que não tem sustento
prático essa preocupação.

Sobre exemplos do bom funcionamento dessas alternativas, aqui estão alguns
documentos:

https://garoa.net.br/wiki/Estatuto

http://p2pfoundation.net/Debian_-_Governance

http://www.ietf.org/tao.html#raw

Os dois primeiros são amostras de um número de projetos dentro de sua
classe de organização: hackerspaces e organizações de software livre. E o
terceiro exemplo, um pouco diferente, de um processo que tem mais de uma
organização por detrás e pôs em prática ideias sobre governança aberta
junto com o surgimento da Internet.

Há ainda toda uma literatura sobre governança por comunidade na área de
gestão ambiental, mais conhecida pelos trabalhos da Elinor Ostrom, e sobre
comunidades tradicionais em situações extremas como o Zapatismo, onde há
ensinamentos profundos, mas talvez em termos práticos se distanciem um
pouco da nossa realidade.

Tomei cuidado de mencionar exemplos que, como a Associação OKBR, gerenciam
recursos comuns mas escassos - como bens materiais ou simbólicos - e não
que gerenciam a colaboração na produção de bens comuns abundantes. Nesse
caso teríamos uma porção de outros exemplos a começar com a Wikipédia.
Também me restringi a exemplos de grande escala, como pretende a OKBR em
sua denominação nacional, deixando de fora exemplos de governança aberta
entre permacultores, coletivos de arte e cooperativas.

Abraço!

ale
.~´



2015-06-28 17:00 GMT-03:00 Natalia Mazotte <ncortezrj em gmail.com>:

> Ei Abdo,
>
> Eu tenho um compromisso e não chego a tempo de participar dessa vez
> (talvez só pro finalzinho). :(
>
> To contigo que não é ciência de foguete, mas gostaria de pensar quais os
> limites dessa participação ampla e efetiva, será que ela deva ser
> obrigatória ou um critério definitivo pra se avançar com a Okbr? Eu,
> particularmente, não desejo isso. Eu acho que organizações como a OKbr
> devem ser porosas o bastante pra receber inputs de quaisquer interessados,
> e transparentes o bastante para informar os interessados e colocá-los em
> posição de participar nos temas que quiserem, sem abrir mão de uma
> estrutura de poder decisória, instituída com legitimidade para decidir pelo
> grupo quando for o caso. Se vc me perguntar se eu quero ter que opinar e
> participar de tudo, vou te dizer que não. Eu preciso poder confiar e ter
> outras pessoas que façam trabalhos diferentes do meu pra que eu possa ter
> tempo de me dedicar ao que eu acredito fazer melhor. É preciso ter alguém
> (um conselho, a "estrutura decisória") que seja capaz de dar unidade a
> esses trabalhos diferentes e fazê-los conversar, e critérios claros para
> decidir com base nessa perspectiva mais ampla.
>
> Acho que só de ser efetivamente transparente e clara nas decisões e
> propostas, e porosa o bastante pra ouvir e considerar seus participantes, a
> OKbr já estaria liderando (e muito!) pelo exemplo. Não precisaria ser uma
> organização em que a comunidade tenha que participar e votar sobre tudo o
> tempo todo (tomando por pressuposto que isso seria a participação mais
> ampla e efetiva possível).
>
> Eu gostaria muito de conhecer essa alternativa que através da abertura
> pode evitar as limitações e vícios de ambos os modelos, se tiver mais
> informações pra me passar, vou curtir refletir sobre isso. :)
>
> Abraços
>
> Em 26 de junho de 2015 16:43, Alexandre Hannud Abdo <abdo em member.fsf.org>
> escreveu:
>
>> Oi Nat,
>>
>> Seria muito legal você participar da próxima reunião da comunidade terça
>> que vem para conversarmos sobre isso.
>>
>> Isso dá uma boa discussão. Ao mesmo tempo, o DNA da OKBR sempre foi muito
>> claro: praticar a abertura que prega e liderar pelo exemplo.
>>
>> Por que foi assim? Porque uma parte importante dos fundadores da OKBR já
>> viveu os dois outros modelos por anos em contextos diversos, já teve essa
>> discussão, e apresentou uma alternativa que através da abertura pode evitar
>> as limitações e vícios de ambos.
>>
>> Também não pense nisso como algo tão novo. Não somos a primeira
>> organização do mundo a se propor, nem a conseguir isso. Afinal, é a própria
>> solução que propomos à sociedade mais amplamente.
>>
>> Transparência e participação amplos e efetivos não é facil, mas não é
>> ciência de foguete. E cada dia mais são requisitos para legitimidade e
>> eficiência de organizações. Sem elas nós não vamos tão longe quanto
>> precisamos para atingir nossa missão.
>>
>> Abs,
>>
>> ale
>> .~’
>>
>>
>> On Wednesday, June 24, 2015, Natalia Mazotte <ncortezrj em gmail.com> wrote:
>>
>>> Peter,
>>>
>>> Acho absolutamente tudo que você falou legítimo. Só gostaria de partir
>>> de uma dúvida diferente, que tem a ver com o que realmente é a vocação da
>>> OKbr enquanto organização mesmo, e, se não estou entendendo tudo errado,
>>> esse é o ponto central de desavença a partir da qual se desenrolam todos
>>> esses outros questionamentos legítimos.
>>>
>>> Eu trabalhei por mais de dois anos em uma organização do terceiro setor
>>> tradicional, e ao mesmo tempo acompanho e participo com entusiasmo de
>>> comunidades, como a Thacker. São dois modelos bem diferentes. Acho que o
>>> que está em questão e o que deve ser decidido, acima de tudo, é o DNA da
>>> Open Knowledge no Brasil. Ela é uma organização legalmente formada, com
>>> board, com diretor e (a medida que projetos forem sendo aprovados) com um
>>> quadro fixo de funcionários. Isso é um modelo. Ou então ela é totalmente
>>> regida por uma comunidade horizontal, com um estatuto e entidade jurídica
>>> apenas para servir de "guarda-chuva" dos projetos e anseios dos membros
>>> dessa comunidade. Pelo que eu vejo, há dois grupos aqui, cada um desejando
>>> seguir para um dos lados.
>>>
>>> Sendo a OKbr um capítulo tb de uma entidade central, onde me parece que
>>> esse DNA já está bem definido, acho que a decisão pode acabar vindo desse
>>> lugar, dos contratos que já foram firmados há algum tempo, ou seja,
>>> top-down. E, se isso acontecer, "forkar" é sempre uma saída para os que
>>> enxergam outro tipo de organização e têm outros anseios. Acho que todos que
>>> estão aqui buscam e acreditam em coisas semelhantes, no fim das contas, mas
>>> existem vários caminhos pra se chegar a um mesmo destino, né (ainda bem)?
>>>
>>> Eu e todos que estão envolvidos em projetos e querem seguir criando
>>> novas frentes de trabalho - de forma sustentável e séria - pra perseguir a
>>> missão da OKbr só ficamos preocupados com a falta de credibilidade que esse
>>> desentendimento a respeito de "quem realmente somos" pode gerar. Quando
>>> isso estiver definido, pode ser que boa parte de nós não queira mais
>>> investir seu tempo aqui. Então quanto antes isso ficar claro, menos energia
>>> a gente gasta onde não temos certeza de ser o lugar certo pra gastar.
>>>
>>> Acho que, definida essa questão, esse descompasso que você apontou muito
>>> bem entre "o ideal da participação ampla e democrática nas decisões, e o
>>> que se assume nos contratos" vai deixar de existir, e todos as outras
>>> coisas que precisam ser ajustadas e definidas vão caminhar.
>>>
>>> Abraços
>>>
>>> Em 24 de junho de 2015 14:08, Peter Krauss <ppkrauss em gmail.com>
>>> escreveu:
>>>
>>>> Natalia,
>>>>
>>>> Os seus argumentos sobre missão e valores são da mais alta valia, e
>>>> ajudam todos da OKBr... Nesse momento de crise, ajudam a refletir e nos
>>>> alinharmos...
>>>>
>>>> Acredito que possuam eco entre a maioria dos OKBr's, eu me incluo.
>>>>
>>>> - - - - -
>>>>
>>>> Tempo Rei:
>>>>
>>>> Eu não acredito muito em altruísmo (sacrifício do tempo pessoal em
>>>> benefício de outros), costumo preferir teses como a "mão invisível" ou o
>>>> "gene egoísta"... Também entendo que  a Escolada de Dados acredita na
>>>> realização mão-na-massa como método relevante de ensino/aprendizado...
>>>> Nesse contexto quero deixar claro: tenho um objetivo bem egoísta na OKBr,
>>>> que é aprender algo sobre governanças democráticas em ambientes que buscam
>>>> eficiência e profissionalismo.
>>>>
>>>> Outros como eu terão uma dinâmica de participação previsível, com um
>>>> pico seguido de drástica redução: quando se dão por diplomados, reduzem a
>>>> participação.
>>>>
>>>> Meu foco sustentável, como imagino ser o seu e de muitos outros
>>>> colaboradores, não é a participação na "grande OKBr", mas em projetos-OKBr
>>>> específicos.
>>>>
>>>> - - - - -
>>>>
>>>> A busca de um balanço entre "burocracia" e "legalidade" é necessária,
>>>> não pode ser "jogada para baixo do tapete" (que é o que vinhamos fazendo):
>>>>  muitos dos projetos envolvem dinheiro, e compromisso de mais longo prazo
>>>> das pessoas, mesmo aquelas não-remuneradas.
>>>> Dinheiro e compromissos de longo prazo são fixados por contratos, e a
>>>> OKBr como instituição (CNPJ) vem assinando diversos deles... Essa é a dura
>>>> realidade: há um descompasso entre o ideal da participação ampla e
>>>> democrática nas decisões, e o que se assume nos contratos.
>>>>
>>>> A crise colocou em evidências várias coisas, que por hora representam o
>>>> nosso empenho em colocar a casa em ordem:
>>>>
>>>> * Lista de "quem somos":
>>>>    http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Governan%C3%A7a/Cargos
>>>>    http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Participantes
>>>>    ...
>>>>    A tarefa é descrever cargos e listar quem é quem, senão nunca
>>>> saberemos quem é a OKBr.
>>>>
>>>> * algumas as pessoas (inclusive Associados Efetivos que "sumiram") que
>>>> não participam efetivamente,  querem "votar" e "segurar o osso" (não
>>>> deixando outros votarem); ao passo que as pessoas que vem participando ao
>>>> longo de meses (alguns mais de ano!) estão fazendo isso de forma totalmente
>>>> informal e desmotivadora, visto que legalmente não são coisa alguma na
>>>> OKBr. Com a crise e a demanda por decisões, esse problema da ilegalidade
>>>> das pessoas que participam ficou mais evidente.
>>>>
>>>> * os acordos tácitos, que é o que você coloca como "confiança" devem
>>>> ser mantidos... Mas a crise evidenciou que precisamos registrar esses
>>>> "acordos tácitos", pois estão sendo distorcidos ou perdidos. O alinhamento
>>>> das pessoas requer por um lado a memória (registro escrito e não-poluído
>>>> que tentaremos na Wiki) e por outro a boa-vontade de retomar o diálogo,
>>>> como estamos fazendo (!)
>>>>
>>>> * os "contratos de cartório" (e de dinheiro!) possuem compromissos que
>>>> serão "quebrados" se decisões não forem tomadas no dia-a-dia, e boa parte
>>>> da credibilidade da OKBr, como *Plataforma de Projetos*, será perdida
>>>> se não formos capazes de respeitar  esses contratos.
>>>>
>>>> * tudo que envolve responsabilidade (direitos e deveres) envolve, em
>>>> algum momento, penalidades -- por exemplo o coordenador de projeto que
>>>> "some" precisa ser substituído, o Associado Efetivo que "some" precisa ser
>>>> destituído.  A OKBr não está pondo em prática as penalidades: fica refém na
>>>> ineficiência e imobilismo se continuar assim.
>>>>
>>>> * a OKBr como *Plataforma de Projetos* requer muito mais organização
>>>> do que imaginava-se no passado, e isso tem custo (!). Eu e outros estamos
>>>> tentando "ajudar a arrumar a casa" mas em algum momento (breve) essa ajuda
>>>> acaba e morreremos na praia. Precisamos reavaliar: o que realmente deve ser
>>>> feito para preservar a ordem? Quem vai ajudar ou quanto isso vai custar?
>>>> Havendo custo, vai ser sustentável?
>>>>
>>>> * a OKBr como "comunidade" não difere muito do Facebook ou de um Fórum
>>>> de e-mails... É só isso que queremos?  Como conciliar a visão ideal,
>>>> comunitária, super-consenso, super-democrática, super-amizade; com a
>>>> Plataforma de Projetos e seu ímpeto "profissionalista", e sua  demanda por
>>>> dinheiro?
>>>>
>>>> * ...
>>>>
>>>> São apenas algumas das questões mal-resolvidas  a serem trabalhadas com
>>>> abnegação e respeito nos próximos 60 dias (prazo máximo para a Assembleia).
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Em 23 de junho de 2015 21:22, Natalia Mazotte <ncortezrj em gmail.com>
>>>> escreveu:
>>>>
>>>>> Ei Peter,
>>>>>
>>>>> Eu que agradeço sua resposta gentil. :) E desculpe ter feito o
>>>>> questionamento em cima de um e-mail seu que levantava um outro ponto.
>>>>>
>>>>> Acho que é fácil cair na "armadilha" de confundir os valores de uma
>>>>> organização com a sua missão. To falando isso pq nesses últimos meses
>>>>> fiquei com a impressão de que estamos andando em círculos por aqui,
>>>>> tentando definir processos pra sermos abertos e participativos esquecendo
>>>>> de pensar onde queremos chegar enquanto organização, que impacto queremos
>>>>> realmente ter. Ser aberta e participativa em si não me parece, do que eu
>>>>> conheço da OKbr, a missão dela, e sim os valores que ela carrega. Ou seja,
>>>>> os esforços maiores devem mirar na missão que temos, sendo GUIADOS pelos
>>>>> valores, né?
>>>>>
>>>>> Por isso eu prefiro investir o meu tempo em pensar possibilidades de
>>>>> novos projetos com impacto na abertura e na literacia de dados, por
>>>>> exemplo, muito mais do que em ter reuniões sobre governança ou pra
>>>>> "auditar" outros projetos.Claro que isso deve existir, mas qdo ocupa tempo
>>>>> demais da pauta, temos um problema. Outra coisa que eu achava ser um valor
>>>>> a guiar a missão da OKbr era a confiança um no outro, e quando eu falei de
>>>>> "burocracia", foi muito nesse sentido. Acho que todo mundo aqui tem (ou
>>>>> deveria ter) espaço e abertura de perguntar sobre o andamento de um projeto
>>>>> sem necessidade de reunião pra isso, ou tirar alguma dúvida com um
>>>>> coordenador (de forma respeitosa, de preferência) caso algo não esteja
>>>>> claro ou transparente nos canais do projeto. Não entendi de onde veio a
>>>>> necessidade de se ter auditores pra isso. Se eu um dia achar que preciso
>>>>> auditar os projetos das pessoas que participam de uma rede ou organização
>>>>> comigo, vou preferir sair dela. Responsabilidade, comunicação e
>>>>> transparência são alimentos da confiança e eu prefiro não seguir adiante
>>>>> com pessoas que não têm isso.
>>>>>
>>>>> Abraços
>>>>>
>>>>>
>>>>> Em 23 de junho de 2015 15:45, Peter Krauss <ppkrauss em gmail.com>
>>>>> escreveu:
>>>>>
>>>>>> Oi Natália, obrigado pelas colocações, estou achando ótimas e darão
>>>>>> um toque de pé-no-chão para todos!
>>>>>>
>>>>>> Acho que você queria ter postado nessa outra discussção aqui
>>>>>> <http://open-knowledge-foundation-brasil-rede-pelo-conhecimento-livre.50579.x6.nabble.com/okfn-br-Reuniao-OKBR-em-23-06-2015-tc4658.html> ("Reuniao-OKBR-em-23-06-2015"),
>>>>>> mas não tem problema, tem certo parentesco com a questão dos cargos
>>>>>> <http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Governan%C3%A7a/Cargos>
>>>>>> que coloquei... Vou responder *inline*, e, desculpe, acrescentando
>>>>>> meus manifestos, que imagino que se somem aos seus.
>>>>>>
>>>>>> Em 23 de junho de 2015 14:57, Natalia Mazotte <ncortezrj em gmail.com>
>>>>>> escreveu:
>>>>>>
>>>>>>> Pessoal,
>>>>>>>
>>>>>>> Eu gostaria de entender a real necessidade dessas reuniões toda
>>>>>>> semana (mesmo tendo supostos objetivos distintos). Pra quem trabalha com
>>>>>>> hora dedicada a projetos diferentes (como é o meu caso, alguns voluntários
>>>>>>> e outros pagos), ter que parar toda semana pra participar de reuniões em
>>>>>>> que não se tem nada claramente definido a avançar ou cuja legitimidade e
>>>>>>> participação dos demais não está clara é uma perda de tempo. Se eu dedico
>>>>>>> 10h por semana à Escola de Dados, não gostaria de gastar quase 2h (ou 20%
>>>>>>> do meu tempo) em uma reunião sem objetivo, prefiro investir essas duas
>>>>>>> horas definindo projetos estratégicos, buscando financiamento, divulgando
>>>>>>> as iniciativas em andamento, tocando coisas importantes para que o projeto
>>>>>>> siga existindo nos próximos meses.
>>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Sinceramente, na minha visão, não tem necessidade real: ou os
>>>>>> projetos são de fato acompanhados e auditados, ou não são. Na Wiki temos
>>>>>> http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Projetos
>>>>>> se os coordenadores e zeladores não se dão sequer ao trabalho de
>>>>>> preencher os dados mínimos dos projetos, não tem porque fazer uma
>>>>>> reunião... O mecanismo precisa ser outro. A proposta da reunião precisa ser
>>>>>> melhor desenhada.
>>>>>>
>>>>>> O que você diz também vale: obrigar todos a ficarem 1h ou 2h
>>>>>> "pendurados" num bate-papo (ao-vivo ou não) não faz sentido. "Pendurados"
>>>>>> ouvindo questões altamente específicas de outros projetos, pode ser
>>>>>> interessantes, mas não pode ser obrigação.
>>>>>> Se a cada 15 dias vamos "conferir o estado das coisas", bastam os
>>>>>> auditores e suas testemunhas, não precisa mobilizar horas de gente dos
>>>>>> projetos para isso.
>>>>>> Se a cada 15 dias é uma "oportunidade para os coordenadores darem
>>>>>> desculpas ou anunciarem grandes feitos": que seja fixado em pauta, com hora
>>>>>> para inicio e fim (!),  e apenas os projetos interessados que o façam.
>>>>>>
>>>>>> Acho que sua colocação pode ser resumida como "respeitem as horas de
>>>>>> quem de fato está fazendo algo".
>>>>>>
>>>>>> A Escola de Dados e diversos outros prestam contas em dia, não
>>>>>> precisam "mofar por 2hs" das reuniões quinzenais...
>>>>>> Eu complementaria: se o problema são os coordenadores que não prestam
>>>>>> contas, eles precisam ser substituídos por gente mais interessada, ou seus
>>>>>> projetos cancelados até que se manifestem (não num faz-de-conta quinzenal
>>>>>> mas sempre que forem requisitados para tomar decisões sobre o projeto).
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>> Se a ideia é compartilhar novidades dos projetos e prestação de
>>>>>>> contas, qual é a utilidade de ser quinzenal (será que as contas mudam
>>>>>>> quinzenalmente?)? e aliás, isso não poderia ser feito aqui pela lista ou na
>>>>>>> página dos projetos pra qualquer interessado consultar? Não fica mais
>>>>>>> legítimo do que essas reuniões onde poucas pessoas participam (e nunca fica
>>>>>>> claro de antemão quem vai participar, pra agregar o quê)?
>>>>>>>
>>>>>> Reuniões racionais tem sua pauta fechada bem antes do dia da reunião,
>>>>>> tem objetivos e seus participantes possuem descrição dos cargos que ocupam,
>>>>>> ou seja, todos sabem o que estão fazendo na reunião... A coisa toda começa
>>>>>> em descrever os cargos,
>>>>>> http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Governan%C3%A7a/Cargos
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>> Enfim, levantando um questionamento que eu acho que é relevante.
>>>>>>>
>>>>>> muito!
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>> Como eu disse, eu prefiro fazer outras coisas com o limitado tempo
>>>>>>> que posso investir na Escola de Dados atualmente, e compartilhar nos canais
>>>>>>> existentes do projeto as novas iniciativas, as possibilidades, a prestação
>>>>>>> de contas e tal. E eu prefiro tb muito mais me informar sobre os outros
>>>>>>> projetos dessa forma. Cada projeto tem um andamento distinto, tem coisas
>>>>>>> relevantes pra dividir em momentos distintos, não vejo em nenhum outro
>>>>>>> lugar essa burocratização toda pra ter mais transparência e participação.
>>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> A "burocracia" não está em botar os pingos nos ís, descrevendo cargos
>>>>>> ou os objetivos da reunião,
>>>>>> a burocracia está em querer criar algo como uma reuniões sem
>>>>>> legitimidade, sem pauta , com a participação de cargos sem obrigações.
>>>>>>
>>>>>> PS: participar significa decidir junto, numa Democracia só é
>>>>>> legitima a decisão coletiva se for legítimo o voto
>>>>>> <http://open-knowledge-foundation-brasil-rede-pelo-conhecimento-livre.50579.x6.nabble.com/okfn-br-VOTO-E-CONSENSO-NA-OKBR-tc4605.html>.
>>>>>> Se os presentes a uma auditoria nem sequer podem se portar como auditores,
>>>>>> votando um parecer... Estão também perdendo tempo.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>> Claro, tá todo mundo livre pra se reunir quando quiser, contanto que
>>>>>>> esse não seja o critério pra definir quem está participando de forma ativa
>>>>>>> ou não.
>>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Exato!
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>> Abraços
>>>>>>> OKBr's,
>>>>>>>
>>>>>>> Hoje vai ter, a rigor (todas as "legalidades" conspirando a favor),
>>>>>>> a primeira
>>>>>>> *  "Reunião de acompanhamento de projetos" *
>>>>>>>
>>>>>>> acho que seria oportuno, antes de assumir a rotina saudável e já
>>>>>>> prevista, para os projetos prestarem contas quinzenais,
>>>>>>> discutir e consolidar, na reunião, duas coisas:
>>>>>>>
>>>>>>> 1) *descrição dos cargos de "Coordenador de projeto" e "Zelador de
>>>>>>> projeto"*: na reunião seria verificado o consenso para se aceitarem
>>>>>>> ou não as descrições (para posterior encaminhamento em Regimento Interno)
>>>>>>> dos cargos, e/ou realizar correções ou discussões buscando consensos.  (ver
>>>>>>> links)
>>>>>>>
>>>>>>> 2) *descrição dos objetivos da reunião* (só prestar contas? como
>>>>>>> isso será feito? e a obrigação de descrever o projeto na Wiki?) e pauta
>>>>>>> mínima dessas reuniões quinzenais.
>>>>>>>
>>>>>>> Acredito que esses dois itens sozinhos já consumiriam mais de 1h
>>>>>>> (!), portanto gostaria de sugerir também que se revise a pauta... Buscando
>>>>>>> desde já aqui na lista um consenso sobre a pauta de hoje.
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>> *LINKS WIKI:*
>>>>>>>
>>>>>>> * http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Projetos
>>>>>>>
>>>>>>> *
>>>>>>> http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Governan%C3%A7a/Cargos#Cargos_nos_projetos
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>> _______________________________________________
>>>>>>> okfn-br mailing list
>>>>>>> okfn-br em lists.okfn.org
>>>>>>> https://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-br
>>>>>>> Unsubscribe: https://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br
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>>>>> (21) 95030699
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