[okfn-br] Divergências pendentes da última reunião de conselho
Andres MRM
andres em inventati.org
Sábado Maio 30 19:28:43 UTC 2015
> Não podemos confundir a causa da OKBR com o modo de funcionar. O exemplo é
> esdrúxulo, eu sei, mas seria algo parecido com querer que uma organizações que
> serve sopa para moradores de rua tenha sua operação na rua, sem sede, com o
> diretor morando embaixo de um viaduto. Não é o que queremos para a OKBR.
Sim, foi esdrúxulo, apesar de interessante... Um exemplo mais realista com a
situação "seria algo parecido com querer que": uma organização que defende
participação e abertura no processo decisório tenha um processo decisório
aberto para a participação da comunidade. *Acho* que é o que queremos para a
OKBR.
De qualquer forma, se a reunião de terça era ou não deliberativa, é algo que
pode ser disputado. Não é isso que achei o mais absurdo.
Mas o que acho indefensável é:
1. O diretor executivo desconsidera a posição da reunião dizendo que não há
consenso e que levará a questão para a lista.
2. Não abre a questão na lista e não responde a e-mails cobrando que ele o
faça.
3. Quando finalmente se pronuncia (depois de pressionado publicamente), diz
que não deve satisfações a ninguém.
Isso é absurdo.
Quoting Jorge Machado (2015-05-30 13:40:35)
> Olá pessoas,
>
> Também não posso ir na terça pela mesma razão do Fernando. Mas topo outra forma
> de participação assíncrona.
>
> Sobre o estatuto, creio que ele deve valer por *aparentemente* não haver mais
> possibilidade de acordo por bom senso. Essa é a exata função do estatuto, pois
> lá estão os objetivos, princípios e regras pactuadas por uma organização. E o
> estatuto da OKBR foi muito bem discutido (vejam os arquivos da lista) e reflete
> bem o espírito do que queríamos construir.
>
> Lembro-me que nas discussões para a fundação, houve um consenso a respeito do
> processo de tomada de decisão, que deveriam incluir ao máximo a comunidade.
> Assim, *na prática* o conselho teria um papel menor - corroborando com o que
> disse o Ale Abdo. Por outro lado, se olhar na lista dos conselheiros, verá que
> são pessoas conhecidas por sua atuação em diversas comunidades "open" e que,
> portanto, possuem responsabilidade, credibilidade e legitimidade para apoiar o
> processo decisório que pertence à comunidade, especialmente em situações
> difíceis como essa.
>
> Em resumo, meu argumento é para a busca uma solução com base em um pacto
> (estatuto da OKBR) com o exato fim de evitar qualquer personalização ou
> polarização inútil.
>
> Abs.,
>
> Jorge
>
>
> On 30/05/2015 12:45, Luiz Armesto wrote:
>
> Obrigado pelos esclarecimentos, Fernando e Abdo.
>
> Se as reuniões são, na prática, reuniões da comunidade, não se deve usar da
> cartada "veja o artigo Xº do estatuto" ou "o conselho deliberativo é
> soberano e está acima de fulano ou beltrano". Se o que está no estatuto
> está por motivos burocrático e exigencias legais, e na prática não é
> seguido, optando por uma governança horizontal, então de nada vale
> invocá-lo.
>
>
> []'s
>
> 2015-05-30 12:33 GMT-03:00 Alexandre Hannud Abdo <abdo em member.fsf.org>:
>
> Ni! Oi Luiz,
>
> Desde a fundação da OKBR existe o entendimento de que o Conselho
> Deliberativo segundo consta no estatuto é uma estrutura burocrática
> necessária para cumprir exigências do Estado, mas não para gerir-nos
> como organização.
>
> O princípio é que as decisões do conselho devem refletir o consenso da
> comunidade e não impor o ponto de vista dos conselheiros.
>
> A forma como isso expressou-se variou com o tempo, mas em março nos
> encontramos para construir um novo modelo de governança e nele
> constituiu-se dois espaços regulares da comunidade: uma reunião
> quinzenal para avaliação de projetos e outro encontro quinzenal da
> comunidade em si.
>
> Assim, o Andres refere-se ao consenso construído nesses espaços sobre
> os assuntos em pauta, que é suficientemente indicativo da posição
> formal do "conselho estatutário" para o que ele coloca.
>
> Abraço,
>
> ale
> .~´
>
>
> 2015-05-30 12:03 GMT-03:00 Luiz Armesto <luiz.armesto em gmail.com>:
>
> Não querendo me intrometer, até por que não estava presente, mas já
> me intrometendo. Quem são os membros do conselho deliberativo? São
> os que estão na página [1] ou houve nova eleição e a página está
> desatualizada?
>
> Se a página está atualizada e a pauta da reunião [2] correta, então
> só teve a presença de um conselheiro (Ariel), certo? As
> deliberações do conselho se dão por consenso (entre os membros do
> conselho). Como que se dá um consenso de apenas uma pessoa?
>
> Se é para se pautar pelo estatuto (e acho mesmo que é) deve levá-lo
> integralmente em consideração, e não apenas as partes vantajosas
> para defender um determinado ponto.
>
> Faço a pergunta. A reunião da última terça foi realmente uma
> reunião do conselho e teve carater deliberativo?
>
>
>
>
> [1] http://br.okfn.org/conselhos/
> [2] http://wiki.okfn.org/Open_Knowledge_Brasil/Reuni%C3%B5es/
> 2015-05-26
>
> 2015-05-30 10:06 GMT-03:00 Jorge Machado <machado em usp.br>:
>
>
> É para resolver problemas como este que existe estatuto http://
> br.okfn.org/estatuto-social-da-open-knowledge-foundation-brasil
> /
>
> Artigo 25°- Ao Conselho Deliberativo compete:
>
> I – supervisionar as atividades da OKF Brasil;
>
> II – aprovar a verba de remuneração da Diretoria Executiva,
> cujos diretores desempenharão suas atividades em caráter
> voluntário, sem direito a qualquer remuneração, nos termos do
> parágrafo 1º do artigo 30º;
>
> III – examinar e aprovar quaisquer atos da Diretoria Executiva;
>
> IV – adotar e estabelecer, para todos os órgãos da OKF Brasil,
> práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a
> coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de
> benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da
> participação no respectivo processo decisório.
>
> Vale a pena ler também os artigos 13 e 16 do link acima.
>
>
>
>
>
> On 30/05/2015 08:13, Andres MRM wrote:
>
> Conselho X? X?!
> Tom, você entende que o conselho é órgão máximo de deliberação da OK-Br? E que
> está acima inclusive do diretor executivo (DE). Ou você acha agora que o DE
> tem autoridade para fazer o que bem quiser, mesmo contra tod em s?
>
> Concordo que as vezes é preciso tomar decisões urgentes e não há tempo para
> consultar toda a comunidade ou conselho. (o clássico "ad referendum")
> Mas as decisões devem ser depois validadas pela comunidade ou conselho. E
> nunca deve acontecer o que aparentemente está acontecendo: a reunião de
> conselho se manifestou claramente contra uma posição do DE, e este falou que
> vai mantê-la. Disse que ia consultar a lista, mas não o fez. E agora diz que
> nem a lista precisa ser consultada (pelo menos foi o que entendi com "será
> feito independentemente do que foi decidido pela comunidade").
>
> Sabe como se chama quando tínhamos uma estrutura de poder distribuída entre
> várias pessoas e então uma decide governar sozinha? Golpe.
>
>
> E a questão central que, na minha opinião "implodiu" a última reunião, não é a
> contratação/manutenção ou não da Salma. Eu esperava que você explicitasse o
> verdadeiro ponto aqui, mas já perdeu 4 chances de fazê-lo.
>
> Do caos que foi a última reunião, o que entendi é que finalmente conseguimos
> saber quanto a OK-Br tem em caixa, porém o valor não consegue pagar o salário
> de tod em s do núcleo da organização nem até o fim do ano.
> A ideia que me pareceu predominante na reunião era então dividir o valor pelos
> meses até o fim do ano, pagando o que desse para o núcleo.
> O que incluía pagar o DE por tempo não integral, algo que já havia sido
> decidido na reunião de governança há meses atrás. E algo que poderia ser
> factível, ainda mais depois que a Salma foi contrata, tirando com maestria o
> peso do financeiro das costas do DE.
>
> Foi nesse ponto que a reunião "implodiu", pois o DE disse que não permitiria
> receber menos do que já está recebendo. Mesmo que o conselho decidisse isso,
> ele não cumpriria.
>
>
> Eu entendo que o DE tenha contas para pagar. E acho até que seria justificável
> tentarmos manter o salário dele, mesmo não sendo sustentável até o fim do ano,
> na esperança de que consigamos mais financiamento até lá.
> O que é inaceitável é que o DE diga que vai tomar essa decisão
> independentemente da posição do conselho "X" ou da comunidade.
>
>
> Abs
>
>
> Quoting Everton Zanella Alvarenga (2015-05-29 22:31:06)
>
> Oi Andres,
>
> o que foi dito é que em algumas situações, como a contratação de uma pessoa
> para o financeiro, isso será feito independentemente do que foi decidido pela
> comunidade, conselho X ou alguma outra instância. A comunidade não pode ter
> autoridade nisso. Trata-se de uma questão operacional, como tantas outras numa
> organização, ainda mais quando ela começa a crescer, principalmente uma que
> está rodando projetos como a nossa, que deve ser decidida pelo diretor
> executivo.
>
> Essa questão foi discutida no wiki. Eu nem deveria ter participado. Talvez
> informado que, dada a quantidade de coisas administrativas burocráticas, eu
> precisava de um apoio de alguém especializado no assunto. O trabalho sendo
> feito pela Salma nos últimos tempos demonstram isso (foram muito mais horas do
> que o previsto inicialmente por ela). Qualquer dúvida sobre esse ponto e o
> trabalho feito pelo finaceiro: financeiro em okfn.org.br. Agora podemos prosseguir
> e escrever um relatório financeiro com todas planilhas abertas, aumentando a
> transparência, uma das coisas levantadas no trabalho de consultoria para
> melhorar a governança da organização.
>
> Tom
>
>
>
> Em 29 de maio de 2015 20:49, Andres MRM <andres em inventati.org> escreveu:
>
>
> Boa noite,
>
> Na última reunião de conselho (dia 26) houve divergência entre as pessoas
> presentes e nosso diretor executivo (popularmente conhecido como Tom)
> quanto
> a uma série questões.
> Após uma longa discussão desgastante a reunião "implodiu" quando o diretor
> executivo disse que não colocaria em prática as deliberações daquela
> reunião
> que fossem contrárias à sua posição. Nesse sentido ele defendeu que tais
> questões fossem levadas para a lista de e-mails permitindo uma discussão
> mais
> ampla, e que ele mesmo se responsabilizaria por fazê-lo.
>
> Após a última reunião já cobrei o diretor executivo duas vezes para que
> exponha as questões aqui, mas não obtive resposta. Logo envio esse e-mail
> como
> uma forma de incentivo extra.
>
> Pessoalmente não tenho opinião formada sobre o que foi discutido, logo, a
> princípio, não me preocupo tanto em defender uma decisão ou outra. Mas me
> preocupa sim profundamente a maneira como a decisão está sendo tomada:
> contra
> a posição da reunião de conselho e sem debate na lista, concentrando o
> poder nas mãos do diretor executivo.
>
>
> Abraços!
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